O desenvolvimento de produtos adaptados à pele brasileira, a expansão das redes de drogarias e o perfil dos novos dermatologistas, mais jovens e especializados em tratamentos estéticos, impulsionam o mercado de dermocosméticos no país. As vendas desses produtos cresceram 15% no ano passado e somaram R$ 1,2 bilhão, de acordo com o IMS Health. Os dermocosméticos se diferenciam de outros itens de beleza por serem vendidos exclusivamente em farmácias, muitas vezes com receita médica.

O Brasil é o quarto maior mercado global de dermocosméticos, depois de França, Alemanha e Itália. Multinacionais de beleza e farmacêuticas, como L’Oréal, Johnson & Johnson, GlaxoSmithKline (GSK) e Galderma, lideram as vendas no país e crescem a um ritmo de até 30% ao ano.

As fabricantes adaptam cada vez mais as fórmulas de seus produtos, de sabonetes para o rosto a cremes antirrugas, às necessidades locais. De cada dez brasileiras, seis têm pele oleosa. Segundo Délio de Oliveira, diretor-geral da divisão de dermocosméticos da francesa L’Oréal, chamada de “cosmética ativa”, o Brasil ganhou mais poder na matriz de dois anos para cá. “Hoje a gente não lança um produto aqui se a brasileira não aprovar”, afirma o executivo.

Essa divisão da L’Oréal tem no Brasil o seu terceiro maior mercado, atrás apenas da França e da Alemanha. La Roche Posay e Vichy são as principais marcas e lideram o crescimento das vendas, que avançaram “mais de 30%” no país no ano passado, de acordo com Oliveira. O executivo prevê que o Brasil deva passar a Alemanha em 2013 e a França em 2016, tornando-se o maior mercado da L’Oréal em dermocosméticos.

Fonte: Valor Online