A icônica vilã Odete Roitman, eternizada por Beatriz Segall em 1988, volta ao centro das atenções com a estreia de sua nova versão na televisão. Mas, além da expectativa pela nova interpretação da personagem mais marcante da teledramaturgia brasileira, o momento também resgata o legado de Segall, cuja trajetória foi muito além da ficção.
Mesmo três décadas após “Vale Tudo”, Odete Roitman segue no imaginário popular, mas poucos sabem que Beatriz Segall carregou essa personagem por toda a vida enquanto se dedicava a causas humanitárias. Em 2017, aos 91 anos, participou da leitura dramática do livro “A Travessia da Terra Vermelha”, de Lucius de Mello, que aborda a chegada de refugiados judeus ao Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.

“O nazismo foi uma coisa tão extraordinariamente trágica, que você não pode deixar de se manifestar sempre que surge uma oportunidade” – afirmou Segall, reforçando sua luta pela memória histórica e direitos humanos.
A leitura resultou em um documentário emocionante, disponível na internet, com depoimentos de descendentes de refugiados e imagens históricas. Segundo o autor Lucius de Mello, Segall estava profundamente envolvida com a história e se comoveu ao conhecer os desafios enfrentados pelos imigrantes.
Agora, enquanto a nova Odete Roitman chega para conquistar uma nova geração de telespectadores, Beatriz Segall segue sendo lembrada como uma artista que transcendeu a ficção, usando sua voz para dar vida a histórias que realmente importam.
🎥 Confira trechos desse momento especial: Assista aqui