A equidade de gênero na governança pública e corporativa tem sido um dos principais desafios enfrentados no Brasil e no mundo. Apesar dos avanços nas últimas décadas, a participação feminina nos espaços de tomada de decisão ainda é limitada e enfrenta barreiras estruturais. Para enfrentar esse cenário, a Rede Governança Brasil (RGB) tem liderado iniciativas que visam fortalecer a presença das mulheres na governança, promovendo políticas inclusivas e incentivando boas práticas institucionais.
Sob a liderança de Cristiane Nardes, primeira mulher a assumir a presidência da RGB, e com a atuação estratégica do vice-presidente Lucas Paglia, a organização tem promovido ações concretas para ampliar o debate sobre diversidade na governança. “A liderança feminina não é apenas uma questão de representatividade, mas um fator essencial para a construção de instituições mais transparentes, inovadoras e eficientes“, destaca Cristiane.
A Importância da Diversidade na Governança
A inclusão feminina na governança é um tema alinhado a padrões globais, como o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS 5) da ONU, que busca a igualdade de gênero, e às diretrizes ESG (Environmental, Social and Governance), que apontam a diversidade como um dos pilares para a sustentabilidade e eficiência das organizações.
Segundo Lucas Paglia, a equidade de gênero não deve ser vista apenas como um compromisso social, mas como um diferencial estratégico. “Empresas e órgãos governamentais que contam com diversidade em suas lideranças apresentam melhores índices de governança, inovação e sustentabilidade”, afirma. No entanto, os desafios ainda são expressivos. “O Brasil ocupa a 94ª posição no Índice de Desigualdade de Gênero, ficando atrás de países como Moçambique e Bolívia. Isso reforça a necessidade de acelerar as iniciativas voltadas à inclusão feminina na governança”, complementa.
Dados recentes da RGB revelam que 75% das voluntárias da rede já sofreram discriminação de gênero e 77% relataram ter enfrentado assédio moral ao longo da carreira. Além disso, muitas mulheres enfrentam a dupla jornada de trabalho, o que dificulta sua ascensão a cargos de liderança. Eduardo Gil da Silva Carreira, advogado e membro voluntário da RGB, reforça a urgência de criar um ambiente institucional mais inclusivo. “Promover a participação plena e efetiva das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão é um desafio global, e cabe a nós impulsionar essa transformação”, pontua.
O Trabalho da RGB e o Impacto da Liderança Feminina
A RGB, sob a gestão de Cristiane Nardes, tem fortalecido iniciativas como o Comitê Mulheres na Governança, um espaço dedicado à promoção da participação feminina em posições estratégicas. A atuação da rede visa não apenas capacitar mulheres para a governança, mas também influenciar políticas públicas e empresariais que promovam a equidade de gênero.
A relevância desse movimento se reflete em ações concretas, como o lançamento do livro “Mulheres da Governança”, durante a cerimônia do Prêmio RGB em dezembro de 2024. A obra reúne análises sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em posições de liderança e propõe soluções para ampliar sua presença na governança pública e privada. “A governança eficaz exige pluralidade. Esse tipo de iniciativa contribui para que a inclusão feminina seja vista não apenas como uma pauta social, mas como um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável e democrático“, afirma Eduardo Gil.
Além das iniciativas voltadas à equidade de gênero, a RGB tem se destacado pela disseminação de boas práticas de governança e capacitação de gestores. “Nosso papel é garantir que a governança no Brasil avance com base na transparência, na integridade e na inclusão”, ressalta Lucas Paglia.
O Legado de Cristiane Nardes e o Futuro da Governança no Brasil
A atuação de Cristiane Nardes à frente da RGB tem sido um marco para a governança no Brasil. Seu compromisso com a diversidade e a inovação tem impulsionado um novo olhar sobre a liderança feminina e a inclusão nos espaços institucionais. “A governança não é um conceito estático, ela precisa evoluir constantemente para refletir os desafios da sociedade. E isso inclui garantir que mais mulheres ocupem espaços estratégicos e contribuam com sua expertise para a tomada de decisões”, enfatiza Cristiane.
Com o apoio de lideranças como Lucas Paglia e voluntários engajados como Eduardo Gil, a RGB segue consolidando sua missão de transformar a governança no Brasil. O caminho para a equidade de gênero ainda é longo, mas os avanços demonstram que a diversidade não é apenas um valor social – é um motor essencial para a governança do futuro.