Apresentação que encerra a temporada de 2024 conta com a regência do maestro Claudio Cruz
Nos dias 21 e 22 de dezembro, a Orquestra Sinfônica Brasileira se une à Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem para encerrar a temporada de 2024 com o Concerto de Natal, no palco da Grande Sala da Cidade das Artes. O maestro Claudio Cruz assume a regência do espetáculo, que conta com obras de João Guilherme Ripper, Alexandr Borodin e Ottorino Respighi.
A apresentação do dia 22, será no formato “Concertos para a Juventude” e tem preços mais baratos (entre R$5 e R$30), além de ser comentada, ideal para quem está conhecendo o universo da música clássica.
O espetáculo tem início com Natividade, do compositor brasileiro contemporâneo João Guilherme Ripper. Escrita em 2016 para o Teatro Amazonas, a obra é uma cantata cênica com texto do poeta Max Charpentier e evoca as imagens calorosas do Natal, transportando o público a um universo de celebração. De sua versão original, foram extraídos movimentos sinfônicos de dança, que deram origem à Suíte Natividade, representada neste programa por quatro dos seis movimentos: “Presépio”, “Balé dos Anjos”, “Festa dos Pastores” e “Natal”. Cada um deles traduz com primor os símbolos maiores da narrativa natalina – desde a singeleza do presépio até a vivacidade dos festejos dos pastores e a solenidade do nascimento de Cristo.
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As “Danças Polovtsianas” são o momento mais célebre da ópera “Príncipe Igor” de Alexandr Borodin (1833-1887). Na cena, o Khan Konchak ordena que seus súditos dancem para animar o melancólico Príncipe Igor, seu prisioneiro, dando início a uma verdadeira festa de ritmos e cores orquestrais. Ao longo de oito breves danças interligadas, melodias inicialmente nostálgicas transformam-se em uma celebração vibrante, com orquestração brilhante marcada por metais poderosos e madeiras solistas. Compostas em 1879 e apresentadas em concerto sob regência de Rimsky-Korsakov, as danças acabaram por se tornar populares também fora da ópera, especialmente após sua adaptação para o musical da Broadway “Kismet” (1953), onde o tema da “Dança das Donzelas” se transformou na canção “Stranger in Paradise”.
O programa chega ao fim com um poema sinfônico de Ottorino Respighi, Pini di Roma. A obra integra um tríptico deslumbrante no qual o compositor retrata musicalmente a Cidade Eterna, valendo-se para isso de sua imaginação orquestral. A composição se estrutura em quatro movimentos contínuos: o primeiro deles, “Os pinheiros da Villa Borghese”, cintila com figurações rápidas e melodias populares que passam por toda orquestra, evocando a excitação das brincadeiras infantis entre as árvores. A seção seguinte lança o poema em seu momento mais soturno; aqui, Respighi toma de empréstimo a expressividade do canto gregoriano para pintar em música não as folhas e troncos, mas suas sombras. “Os pinheiros do Gianicolo” inicia-se com arpejos misteriosos no piano, que estabelecem a atmosfera ideal para o noturno solo de clarinete que se segue. “Os pinheiros da Via Appia”, finalmente, retrata o amanhecer com uma marcha que emerge gradualmente das cordas graves e cresce até um grandioso clímax no qual metais e órgão criam um impressionante efeito.
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A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 84 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como Mantenedor Amazônia, Shell como Patrocinador Cerrado, NTS – Nova Transportadora do Sudeste como Patrocinador Mata Atlântica, Itaú – Redecard e Volvo como Patrocinadores Caatinga, Brookfield e Sergio Bermudes Advogados como Patrocinadores Pampa, CYMI como Patrocinador Pantanal e Bradesco como Patrocinador da Série Mundo, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
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Saiba mais em
PROGRAMA:
JOÃO GUILHERME RIPPER – Suíte Natividade
- Presépio
- Balé dos Anjos
- Festa dos Pastores
- Natal
– INTERVALO –
ALEXANDR BORODIN – Danças Polovtsianas
OTTORINO RESPIGHI – Pini di Roma
- Os pinheiros da Villa Borghese
- Pinheiros perto de uma catacumba
- Os pinheiros do Gianicolo
- Os pinheiros da Via Appia
SERVIÇO:
Concerto de Natal | OSB & OSB Jovem
Dia 21 de dezembro (sábado), às 19h
Ingressos:
Plateia: R$60 (R$30 meia) | Frisa: R$50 (R$25 meia) | Camarote: R$40 (R$20 meia) | Galeria: R$30 (R$15 meia)
Concerto de Natal – OSB & OSB Jovem (Concertos para a Juventude)
Dia 22 de dezembro (domingo), às 11h
Ingressos:
Plateia: R$30 (R$15 meia) | Frisa: R$20 (R$10 meia) | Camarote: R$15 (R$7,50 meia) | Galeria: R$10 (R$5 meia)
Local: Cidade das Artes | Grande Sala (Avenida das Américas, nº 5.300 – Barra da Tijuca, RJ)
Ingressos à venda na bilheteria da Cidade das Arte e no site Sympla