A fluminense Alê Motta faz o primeiro lançamento de seu novo livro “Minha cabeça dói” na Livraria Leitura, em Niterói, dia 9 de agosto, sexta-feira, às 19h. Este é o quarto livro e primeiro romance da escritora que chamou a atenção do meio literário por suas micronarrativas.

“Minha cabeça dói” traz a história de um menino-adolescente que passou a infância e parte da adolescência num bairro-favela cercado de violência doméstica e todas as dificuldades impostas pelo ambiente até que se vê morando em um bairro nobre, para onde leva suas dores e amores. O leitor também reconhecerá o estilo conciso de Alê Motta que foi bem recebido pela crítica literária nos livros anteriores.

Alê escreveu “Interrompidos” (Reformatório, 2017) e “Velhos” (Reformatório, 2020), além do juvenil “O menino que sabia fingir” (PeraBook Editora 2024). “Velhos” é leitura obrigatória, pelo segundo ano consecutivo, nos vestibulares das universidades públicas do estado de Santa Catarina, com adaptação para o teatro, também pelo segundo ano, e exibições pela capital e interior catarinenses – a peça teve cerca de 20 apresentações em 15 municípios catarinenses no ano passado e deve ter mais 30 ou 40 apresentações até o fim do ano.

A autora foi apresentada ao mercado editorial pelo também escritor, redator publicitário e professor João Anzanello Carrascoza que escreve na quarta capa de “Minha cabeça dói”:

Um dos fatos mais expressivos no campo literário é a eclosão de uma voz nova, que, aos poucos, vai se arvorando com seu estilo singular, como é o caso de Alê Motta.

Alê alarga não só sua escrita na novela Minha cabeça dói, como igualmente expande, por meio dessa bela história, sua presença no mapa da literatura brasileira contemporânea.

Itamar Vieira Júnior também se manifesta na quarta capa ressaltando o estilo da escritora:

A prosa minimalista de Alê Motta é incisiva e direta. Tira-nos de nossa zona de conforto, como só a boa literatura é capaz de fazer.

E tem, ainda, Sérgio Tavares que escreve:

Neste relato franco e sensível, Alê Motta dá voz a um personagem que canaliza traumas físicos e emocionais numa jornada para se reconhecer num mundo de conflitos familiares, descoberta de amores e amadurecimento pessoal. Um livro que se liga à memória do leitor num pacto de alteridade, pequeno apenas em tamanho, mas não em densidade e alcance, tocando em experiências  que todos nós, de uma forma ou de outra, passamos na transição dramática da infância para a juventude.

A orelha do novo livro traz as impressões do jornalista e escritor Fernando Molica:

Este é um livro sobre cicatrizes, algumas anteriores àquela que, substantiva, ressalta todas as outras. A cicatriz que marca o rosto do narrador perde, ao longo da narrativa, protagonismo para as que o acompanham numa jornada pontuada pelos rasgos profundos e dolorosos que lhe tatuam a alma, como no samba cantado por Nelson Cavaquinho.