No primeiro dia da 57ª edição do Festival Folclórico de Parintins, no interior do Amazonas, o Boi Caprichoso protestou na Arena do Bumbódromo. Na noite de sexta-feira, dia 28, durante a apresentação do boi azul, integrantes exibiram um cartaz com os dizeres: ‘Sem Demarcação não existe Justiça Climática’. O presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, tem uma preocupação com o meio ambiente que não vem de agora. Por exemplo, a cunhã poranga Marciele Albuquerque, do Boi Caprichoso, irá plantar árvores para compensar suas emissões de carbono pelo período dos últimos seis meses.

Este ano, o Caprichoso entra na disputa apresentando o tema ‘Cultura – O Triunfo do Povo’. Nesta primeira noite, o Caprichoso falou de “Raízes: O entrelaçar de Gentes e Lutas”, proclamando o “Triunfo do Povo” com foco nas culturas: culturas plantadas, nascidas e sustentadas no meio da Amazônia Brasileira, magistralmente triunfal no entrelaçar de negros e negras, indígenas, ribeirinhos e ribeirinhas, mestres e mestras da cultura popular local. Dos filhos da terra que plantaram o jardim chamado Amazônia e, pela sua existência, por ela enfrentaram a impiedosa e violenta força da colonização, marcando uma história de dor e resistência.
Reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, o Festival Folclórico de Parintins tem como local da disputa entre Caprichoso e Garantido, o Bumbódromo, com capacidade para 35 mil espectadores e recebe, todos os anos, milhares de turistas do Brasil e do mundo.
Crédito das fotos: Liège Monteiro Assessoria/ divulgação