
Entre um intervalo e outro dos tantos compromissos, conversamos com Izildo sobre sua carreira e projetos. Nos palcos há mais de 10 anos, o ator, multifacetado, não para nunca. Desde que escolheu a carreira das artes emenda uma peça atrás da outra, ele nos conta um pouco de sua carreira, da construção de personagens, dedicação e como faz para manter no dia a dia, sempre bom humor. Confira:
Quem conhece um pouco de sua trajetória, sabe que você é um camaleão, vai do drama ao humor, do musical ao infantil, mas, como tudo começou? De onde surgiu essa vontade de atuar?
Izildo: Bom, tudo começou ainda na infância quando eu morava no interior (Primavera/SP). Eu participava do teatro na igreja que frequentava. Desde então me despertou a paixão pela arte, depois no grupo de jovens fizemos muitas coisas, místicas, danças, peças bíblicas em estádios lotados, foi ali que meu coração dizia, é isso que preenche a minha vida.
E como foi o ingresso na carreira? Você teve dificuldades? Já pensou em desistir da carreira?
Izildo: Muitas dificuldades! Tenho até hoje! Temos muita gente boa no mercado e poucas oportunidades, então a gente leva muitos “nãos”, pessoas batendo a porta na nossa cara, te substituindo por um ator mais famoso. Isso as vezes desanima, da vontade de desistir, porém quando amamos o que fazemos, é diferente. Eu olho no espelho e digo pra mim mesmo “cara, tu é forte, erga a cabeça e vamos à luta!” e tem sido assim sempre.
Você fez um personagem icônico, chamado Giro, na peça “O Abajur Lilás” de Plinio Marcos, um dos teatrólogos consagrados nacionalmente. Como foi essa experiência? Foi tranquilo ser assistido pelo filho de Plinio?
Izildo: Foi um trabalho incrível que tenho muito orgulho. O diretor Genes Holder teve uma preocupação grande em cada detalhe desta produção. Meu personagem era difícil, complexo, problemático, fora o texto verborrágico e extenso. Saía da apresentação exausto, cansado, mas com senso de dever cumprido. Ter o filho de Plinio Marcos me vendo foi uma baita responsabilidade, deu um nervoso, claro, mas foi uma experiência única!
Depois você fez drama, várias comédias e agora está em diversos infantis. A cabeça não pira não?
Izildo: Fico doidinho (risos). Mas, é importante diversificar sempre, porque, por exemplo, se a zona de conforto de um ator é comédia e ele sempre faz comédia, acaba se enferrujando, corre o risco de ficar engessado, quando surgem outros estilos. Por isso eu adoro me desafiar. Terminei uma temporada a pouco de uma peça espirita “Paulo e Estevão” do Diretor Allan Moraes, uma peça linda onde fiz vários personagens todos com carga dramática e no meio tempo faço por exemplo, o Gênio da Lâmpada em “Aladdin” do diretor Adriano Klingelbet. É uma delícia fazer teatro pra crianças, pra mim é a plateia mais sincera.
E, atualmente você está em cartaz há quase 01 ano com a peça “Peter Pan e Sininho” no Teatro Bibi Ferreira não é mesmo? Conte nos sobre essa experiência.
Izildo: É uma delícia! Sou grato à Tchesco Produções, a adaptação da Carmen Sanches, o diretor Sebastião Apolônio e todo o elenco deste infantil. Comecei fazendo o Capitão Gancho e as vezes ainda faço. Como o ator que fazia o Peter saiu e houve remanejamento no elenco, comecei a fazer também o pirata ajudante de Gancho chamado “marinaldo” o que é maravilhoso, pois ele é tão burrinho e puxa saco que eu me divirto em todas as cenas… Por isso gente, quem não foi, bora lá assistir no Bibi, todo domingo as 16:15
E os planos para 2020? Projetos?
Izildo: Tenho dois projetos incríveis para ano que vem. Porém ainda são projetos em fase de maturação, a gente não pode falar (risos). Mas continuarei levando a arte com meu coração e com a alma, isso, sem sombra de dúvidas.
