O Dida Bar e Restaurante celebrou os 70 anos de Dida Nascimento com samba, gastronomia afro-brasileira e homenagens no Rio de Janeiro.
Celebração no coração do Rio
Na última quinta-feira, 11 de setembro, o Dida Bar e Restaurante abriu suas portas para uma noite memorável em homenagem à sua matriarca, Dida Nascimento, que celebrou 70 anos com samba, gastronomia afro-brasileira e muita ancestralidade.
O espaço, reconhecido como Patrimônio Cultural, Gastronômico e Imaterial do Rio de Janeiro, reafirmou sua essência como quilombo urbano, onde cada roda de samba e cada prato servem como expressão de memória e resistência.

Uma noite de samba e ancestralidade
Dida, referência da gastronomia afro-brasileira e símbolo de resistência cultural, comemorou como mais gosta: com samba no pé, mocotó no prato e rodeada de filhos, netos, amigos e parceiros da luta antirracista.
O Quintal do Dida Bar, um dos espaços mais disputados da casa, foi palco de uma noite marcada por emoção, calor humano e força ancestral.
Presenças marcantes
A festa reuniu nomes importantes da luta social e cultural, como Suely Beatriz e Mônica Alexandre, da OAB; a intelectual Lia Vieira; a educadora Nanci Rosa; a militante Mônica Cunha; o babalawô Ivanir dos Santos; a gestora cultural Kenya Mello; Lydia Garcia; e a defensora dos direitos humanos Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco.
Um dos momentos mais emocionantes foi a participação de Margarete Mendes, a Negona do Axé e intérprete do Cacique de Ramos, que entoou “Canto das Três Raças”, eternizado por Clara Nunes.
Gastronomia como memória
O cardápio, preparado com o toque da própria aniversariante, reforçou o caráter afetivo e histórico da celebração. Entre os destaques, estavam o mocotó, o calulu, o feijão-fradinho com camarão defumado e o famoso bolinho de feijoada com vinagrete de laranja e crispys de couve.
Pratos que carregam histórias de resistência e pertencimento, transformando a gastronomia em mais uma forma de celebração da ancestralidade.
A emoção de Dida Nascimento
“Chegar aos 70 anos com saúde, rodeada de quem eu amo, com samba, comida boa e a minha história contada em cada canto da casa é um privilégio”, disse Dida, emocionada, ao agradecer os presentes enquanto a roda de samba embalava clássicos da música brasileira.
Um legado reafirmado
Mais do que um aniversário, a celebração dos 70 anos de Dida Nascimento foi a reafirmação de um legado cultural e afetivo. Uma noite de samba, ancestralidade e resistência, à altura da mulher que transformou um restaurante em um território de memória, luta e celebração.