Uma IA simulou a rotina de uma mulher de 60 anos durante uma semana, revelando lições sobre longevidade, bem-estar e conexões humanas.
O experimento conduzido pela SeniorLab Mercado e Consumo 60+, com apoio do Google Gemini, propôs um desafio inusitado: recriar em detalhes uma semana na vida de uma mulher de 60 anos. A iniciativa buscou compreender como a Inteligência Artificial traduziria rotinas, hábitos e emoções de uma fase marcada por experiências, maturidade e busca por qualidade de vida.
O projeto utilizou como referência o livro “A Trilha da Longevidade Brasileira”, que reúne aprendizados de mais de três décadas de estudos populacionais conduzidos pelo Instituto Moriguchi. O material serviu como guia para que a IA incorporasse práticas de saúde física, mental e social associadas a uma longevidade ativa.

Uma semana na pele de uma sexagenária
A simulação descreveu atividades cotidianas com riqueza de detalhes: desde rotinas de autocuidado até práticas de atividade física como yoga, tai chi e caminhadas. A alimentação seguiu a chamada “Longevidiet”, com foco em alimentos integrais e hidratação constante.
Mas o que mais chamou a atenção foram as interações sociais: videochamadas com filhos e netos, encontros com amigos e celebrações familiares. Segundo o experimento, o convívio humano foi retratado como uma das maiores fontes de bem-estar emocional e sentimento de pertencimento.
Reflexões sobre ser humano
O ponto alto da experiência foi a capacidade da IA de registrar “reflexões diárias” sobre gratidão, saudade, propósito e conexão com a natureza. Ao final da semana, a máquina concluiu que a essência da vida não está apenas na rotina saudável, mas na capacidade de sentir e compartilhar emoções.
Lições do experimento
Entre os aprendizados destacados pela IA estão:
- A importância da hidratação e do autocuidado preventivo.
- A adaptabilidade da atividade física para a maturidade.
- O valor das relações humanas como fonte de vitalidade.
- A natureza como regulador emocional.
- O altruísmo e o voluntariado como propósitos de vida.
Um espelho para a humanidade
Para Martin Henkel, CEO da SeniorLab e idealizador do projeto, o resultado foi revelador: “Ao simular a vida de uma mulher de 60 anos, a IA nos ofereceu um espelho para refletirmos sobre o que realmente importa. Mesmo sem sentir como um humano, a máquina nos mostrou que a vida é feita de conexões, cuidado e propósito.”
A experiência abre novas discussões sobre o papel da tecnologia no envelhecimento e reforça que, mais do que dados e algoritmos, a longevidade plena envolve saúde, vínculos afetivos e a busca por significado.