Alex Ferraz

Senado italiano discute cidadania, mas via judicial é segura

Propostas no Senado reacendem esperança, mas especialistas recomendam manter o processo judicial como único caminho confiável.

O debate sobre a cidadania italiana por descendência voltou ao centro das atenções com o avanço de propostas que buscam alterar o Decreto-Lei nº 36/2025, que tenta restringir o reconhecimento desse direito. A votação das emendas está prevista para o dia 23 de abril no Senado italiano, mobilizando partidos de diferentes espectros ideológicos.

O Partido Democrático (PD) propôs 42 emendas, entre elas a defesa do ius soli e a rejeição à retroatividade do decreto, vista como inconstitucional. Já a Lega, partido conservador de Matteo Salvini, apresentou a emenda A.S. 1432, que reforça o ius sanguinis como critério exclusivo para o reconhecimento da cidadania italiana, independentemente do local de nascimento do requerente.

Victor Emmanuel II Monument located in the ancient center of Rome at sunset, Italy

Apesar das divergências políticas, há consenso sobre o excesso jurídico do decreto, especialmente no que diz respeito à tentativa de restringir retroativamente um direito civil. Esse entendimento fortalece as ações jurídicas que já tramitam com sucesso na Itália.

A Dra. Mariane Baroni, responsável jurídica da Master Cidadania, destaca que a empresa segue atuando com base em fundamentos constitucionais italianos, garantindo o direito de descendentes por meio da via judicial. Com sede própria na Itália e mais de mil famílias atendidas, a Master oferece atendimento completo em português, desde a organização dos documentos até a transcrição final da cidadania.

Enquanto o Senado italiano debate, o caminho seguro e legítimo para quem deseja garantir seu direito à cidadania permanece sendo a ação judicial direta na Itália, como vem sendo conduzida por estruturas especializadas com atuação consolidada.

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