Conceito de sustentabilidade ganha cada vez mais força e espaço no mundo fashion
O tema sustentabilidade é um dos assuntos mais comentados nos últimos anos. E mais do que os debates sobre meio ambiente, estilo de vida e ações preventivas, o consumo consciente na indústria da moda vem sendo tratado como prioritário, já que o setor têxtil é apontado como um dos mais poluentes. Calcula-se que a produção nesse campo consome cerca de 2.700 litros de água doce (quantidade média que uma pessoa bebe em dois anos e meio) para a fabricação de uma única peça, sem contar os grandes terrenos usados para o cultivo de algodão e outras fibras.
A necessidade de mudança é urgente. Com o crescente interesse dos consumidores nesse debate, marcas de moda começaram a desenvolver alternativas para (tentar) mudar esse quadro, estabelecendo novas estratégias no processo de produção, o que tem resultado em soluções tão inteligentes quanto engenhosas. É a moda circular ganhando força.
“Com cada vez mais marcas e consumidores adotando essa mentalidade, a moda circular está, sem dúvida, se consolidando como o futuro da indústria”, avalia a modelo carioca e influencer de Moda, Catarina Sants, antenada com as tendências das passarelas mundo afora.
Catarina tem consciência do seu papel como influencer e acrescenta: “Como vozes influentes, temos o poder de acelerar essa transformação, provando que ser fashionista também pode ser sustentável. Afinal, o estilo de amanhã não é só sobre o que vestimos, mas sobre como e porquê escolhemos nossas peças”, considera.
É certo que a moda circular vai muito além da mera reciclagem de peças. A ideia é chegar ao desperdício zero, de forma a pensar a roupa – e a moda em si, com seus acessórios e complementos – como algo duradouro, adaptável às mudanças de tendências com pequenos ajustes por quem a utiliza. “Para se ter uma ideia, a indústria da moda é responsável por cerca de 10% das emissões globais de carbono, além de consumir imensas quantidades de água”, finaliza Catarina Sants.
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