Noite no Cine Odeon – CCLSR contou com presença de elenco e equipe, além de convidados especiais
Depois de dez dias de exibição de centenas de filmes, o Festival do Rio 2024 teve sua noite de encerramento com “Maníaco do Parque” neste sábado, no Cine Odeon – CCLSR. O evento contou com nomes da equipe, como os atores Silvero Pereira, Giovanna Grigio, Bruno Garcia, Augusto Madeira, Talita Younan, Olívia Lopes, Bruna Mascarenhas e Christian Malheiros, além do diretor Maurício Eça e do produtor Marcelo Braga. Houve também a presença de outros convidados especiais, como os atores Isadora Cruz, Fefe e Diogo Almeida.
O longa-metragem, que estreou no festival, é baseado na história do célebre serial killer brasileiro, que causou terror na cidade de São Paulo nos anos 90. O criminoso é vivido por Silvero, que divide o protagonismo com Giovanna Grigio, intérprete de Elena, uma jovem repórter que trabalha na cobertura do caso.
“Tivemos acesso a quatro vítimas sobreviventes dele. A história que resolvemos contar é sobre o ponto de vista das mulheres, quase como uma reparação histórica ao que elas viveram. É um filme que acho que servirá de reflexão para a sociedade, para muitas outras questões”, pontuou o diretor, na entrada para a sessão.
A atriz também destaca essa perspectiva feminina na abordagem do filme e como isso é importante para a história contada.
“Ela é uma jornalista jovem, mulher, nos anos 90, dentro de uma redação muito masculina. Então quando ela cobre este caso, ela se identifica muito com as vítimas e entende que o mesmo poderia ter acontecido com ela. O ponto de vista de empatia traça toda sua trajetória. Elena questiona a cobertura jornalística, como as mulheres são tratadas e também a forma como a polícia lida com o caso”, destaca Giovanna, que celebra estar com um filme em festival pela primeira vez.
Com um personagem tão denso, a preparação de Silvero foi intensa, desde a pesquisa para o personagem até a construção do Francisco.
“Me aprofundei nesse personagem com tudo que era real e me foi oferecido, desde as 200 mil páginas de processos, os vídeos públicos e os não públicos, áudios de algumas entrevistas que ele deu… Todo esse material foi muito necessário para que eu construísse tecnicamente o Francisco”, recorda o ator sobre o filme, que contou ainda com consultoria de psicólogos e psiquiatras.