O urologista Octavio Campos explica como a queda da testosterona afeta homens e destaca a importância da reposição hormonal para melhorar a qualidade de vida durante a andropausa
A andropausa, também conhecida como menopausa masculina, é caracterizada pela queda gradual nos níveis de testosterona em homens a partir dos 40 ou 50 anos, impactando a saúde física e emocional. No Brasil, estima-se que 20% dos homens acima dos 50 anos apresentem sintomas relacionados à redução desse hormônio, como fadiga, perda de libido, irritabilidade e até depressão.
Segundo o urologista Octavio Campos, a andropausa pode ser uma fase desafiadora para muitos homens, que muitas vezes não reconhecem seus sintomas como parte de uma mudança hormonal natural. “A queda de testosterona afeta não só o corpo, mas também o psicológico dos homens, o que pode resultar em perda de energia, dificuldade de concentração e uma sensação de desânimo que nem sempre é associada ao problema hormonal”, explica o especialista.
Atualmente, uma das opções mais utilizadas no tratamento da andropausa é a terapia de reposição hormonal (TRH), que busca equilibrar os níveis de testosterona no corpo. “A reposição hormonal, quando bem indicada, pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente, restaurando a disposição, a massa muscular e o desejo sexual”, afirma Campos. No entanto, ele ressalta que a terapia deve ser personalizada, levando em conta o histórico de saúde e possíveis contraindicações.
Além da TRH, outras abordagens incluem mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada, que também contribuem para a manutenção da saúde hormonal. “Exercícios como musculação e treinos de alta intensidade têm se mostrado aliados importantes no aumento natural da testosterona”, destaca o urologista.
Embora a terapia hormonal seja uma opção eficaz, Octavio Campos alerta para a necessidade de acompanhamento médico rigoroso. “Nem todos os homens são candidatos ideais para a reposição hormonal, especialmente aqueles com histórico de doenças cardíacas ou câncer de próstata. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para garantir que o tratamento seja seguro e eficaz”, completa. Podcast edinhotaon/ Edno Mariano