O bullying é um tema que atinge milhões de jovens no Brasil e também no mundo todo. Cinco anos após o massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, um dos maiores da história brasileira, o Senado aprovou a lei que institui o dia 7 de abril, como o Dia Nacional do Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas.
Na data, Wellington Menezes de Oliveira, um jovem de 23 anos, burlou a segurança para entrar na escola municipal Tasso da Silveira. Dentro da instituição, ele sacou dois revólveres e começou a disparar contra os alunos, assassinando 12 deles e se suicidando depois. O motivo? Aquele foi o local em que foi vítima de bullying quando menor.
A cada cinco estudantes brasileiros, um já se cortou de forma proposital. Automutilação é um problema de saúde pública. Jovens têm testado seus limites físicos e emocionais porque se sentem desamparados em um mundo que evolui muito rápido. O resultado disso? As estatísticas mostram que o número de suicídio, entre jovens de 10 e 14 anos, aumentou 40% nos últimos 10 anos.
Foi pensando nestas estatísticas que Vanessa Bencz e Yasmin Moraes – jornalista e ilustradora, respectivamente – se juntaram para lançar a história em quadrinhos ‘Por Enquanto’. Trata-se do spin-off da história em quadrinhos A Menina Distraída, financiada pelo Catarse em 2014 e que focava no tema bullying.
Em ‘Por Enquanto’, a protagonista Ana, de 16 anos, usa um canivete para lidar com suas dores. Ela sofre abuso dentro de casa, tira notas baixas, é excluída, não tem amigos e apela para um método nada convencional de administrar seu sofrimento.
“É preciso, urgentemente falar sobre automutilação nas escolas. Acreditamos profundamente que a informação é uma ferramenta – sobretudo se esta mensagem for transmitida através de uma história em quadrinhos, que fale a linguagem dos jovens”, ressalta Vanessa e Yasmin, idealizadoras do ‘Por Enquanto’.
Até o dia 17 de abril, o HQ ‘Por Enquanto’ pode receber apoio para a campanha de financiamento no projeto Catarse.
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