Os primeiros a chegarem para o São Paulo Fashion Week na Bienal do parque do Ibirapuera nesta segunda-feira (11), provavelmente ainda sentirão cheiro de tinta no ar. Apesar de o evento abrir ao meio-dia, o primeiro desfile será apenas no fim da tarde, e os funcionários aproveitavam as últimas horas para finalizar o cenário.

Após ser admitido pela segurança reforçada do evento, o público vai atravessar uma passarela ladeada de água e telões que projetam cenas da Ilha Mexiana, uma das muitas do arquipélago de Marajó, no norte do Pará. Isolada, a ilha é habitat do peixe pirarucu, cuja casca, que polui o meio ambiente quando descartada, é utilizada em alguns produtos grife Osklen.

A partir daí, toda a temática do SPFW volta-se para a Várzea Queimada, uma comunidade de 800 pessoas no sertão do Piauí, onde há 8 meses de seca por ano. O projeto A Gente Transforma, de Marcelo Rosenbaum, foi até a comunidade buscar antigas técnicas artesanais que serviram para criar em parceria uma coleção exclusiva. Além de um belo ensaio fotográfico de Tatiana Cardeal sobre a comunidade, o público pode ver detalhes de Várzea Queimada por toda a cenografia do evento.

Por toda a extensão da Bienal, há lounges das mais diversas marcas, alguns abertos ao público, outros exclusivíssimos. No lounge da Melissa, por exemplo, os fashionistas podem participar de um jogo e ganhar uma sapatilha customizada com a coleção Melissa Rainbow, além de conferir diversos lançamentos da marca. Na quinta-feira, a apresentadora Julia Petit vai lançar uma sandália com seu nome.

Já no lounge do Boticário, além de um confortável espaço para relaxar e assistir aos desfiles ao vivo, o público terá, a cada uma hora, um curso de auto maquiagem. O espaço também será usado por famosos, que vão ceder entrevistas no local, e para apresentar as novidades da linha Make B, que chegará às prateleiras em setembro.

Desfiles
Ao longo da semana, as grifes exibem seus lançamentos em três salas da Bienal. Apenas quatro marcas planejam montar a passarela do lado de fora: Paula Raia, Neon, Reinaldo Lourenço e Cavalera. De acordo com a assessoria do evento, os desfiles podem ser até fora do Parque do Ibirapuera – tudo depende do estilista.

Segundo a apresentar sua coleção, Alexandre Herchcovitch supervisionava a montagem da passarela ainda no fim da manhã. O local dos desfiles, onde cabia apenas um reservado público, era guardado a sete chaves. O Terra conseguiu ver apenas uma pequena arquibancada de madeira branca no fim da passarela, antes de ser expulsa pelo estilista.

Já nas outras salas, onde ainda hoje desfilam Animale, Tufi Duek, FH por Fause Haten e Triton, as passarelas estavam quase nuas. Técnicos ajeitavam desde som e iluminação até a decoração dos camarins, por onde entrariam as modelos dali a poucas horas.

Fonte: Terra