Com aval da SEC, assembleia em maio decidirá se ações da JBS serão listadas na NYSE e na B3 simultaneamente.
A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, deu mais um passo estratégico rumo à sua dupla listagem. Após obter o registro junto à SEC (Securities and Exchange Commission), a companhia convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 23 de maio, quando os acionistas decidirão se os papéis da empresa passarão a ser negociados simultaneamente na Bolsa de Nova York (NYSE) e na B3, no Brasil.
A operação ainda depende do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas a assembleia marca um momento decisivo: os acionistas minoritários terão total poder de decisão, já que J&F e BNDESPar, principais detentores de ações, abrirão mão de votar. Isso coloca nas mãos de investidores que detêm cerca de 30% do free float a responsabilidade pela aprovação da proposta.
Segundo o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, a listagem dupla ampliará a visibilidade internacional da companhia e atrairá novos investidores. “Fortaleceremos nossa posição como líder global em alimentos”, afirma. Já o CFO da empresa, Guilherme Cavalcanti, destaca que a medida pode destravar valor de mercado e ampliar a base de investidores globais, com oferta estimada para junho, caso seja aprovada.
Com 71 anos de história, a JBS opera em 17 países, possui mais de 250 fábricas, atende mais de 300 mil clientes e emprega cerca de 280 mil pessoas. Seu portfólio inclui marcas de destaque como Friboi, Seara, Swift e Pilgrim’s Pride, além de atuar em áreas correlatas como biodiesel, higiene pessoal e reciclagem, com foco na sustentabilidade e na economia circular.
A empresa segue fortalecendo sua cultura organizacional, investindo em inovação e promovendo a excelência operacional, com uma plataforma diversificada tanto em proteínas quanto em mercados geográficos.