A artista Claudia Pagès (Barcelona em 1990), ganhou o XVIII Prêmio illy SustainArt da illycaffè atribuído na 44ª edição da Feira Internacional de Arte ARCOmadrid.
A obra vencedora é construída a partir de duas criações onde a memória dos espaços é representada, utilizando inscrições e símbolos históricos encontrados em paredes antigas. O ponto de partida da artista foi a inspiração que surgiu nas cisternas de Xàtiva. O trabalho explora temas como a história, a água, a memória e a representação de espaços protetores, como muralhas e castelos, bem como a interação entre espaço e tempo.

A prática de Claudia Pagès utiliza folhas de papel feitas à mão para criar construções complexas que evocam a história. A sua inspiração vem da proximidade de antigas fábricas de papel a locais onde ainda se conservam inscrições históricas. Desta ligação nasceram as suas duas obras “Muro de dos caras” e “Xàtiva”, que se apresentam como labirintos de filigrana.
A luz desempenha um papel crucial no seu trabalho, uma vez que, emanando do interior de uma caixa, revela a trama oculta da memória, iluminando as histórias que se encontram no papel. Para a jovem catalã, esta utilização da luz simboliza a necessidade de iluminar o passado para evitar que se perca no esquecimento, sublinhando a fragilidade da memória e do papel.
Claudia Pagès é licenciada em Belas Artes pela Universidade de Barcelona e tem um mestrado pelo Sandberg Instituut ( Amsterdam). O seu trabalho foi exposto em locais como Manifesta 15, Barcelona (2024); IVAM, Valência (2024); Sculpture Center, Nova Iorque (2024); CA2M, Madrid (2023); Fundació Joan Miró, Barcelona (2023); Tabakalera, Donostia (2022); Vleeshal, Middelburg (2022); MACBA, Barcelona (2022); CAPC, Bordéus (2022); Kunstverein Braunschweig, Braunschweig (2021); Sharjah Art Foundation, EAU (2018). Més de dues aigües, foi publicado em catalão por Empúries Narrativa em 2024, e em 2025 publicará um novo livro com Wendy’s Subway. Pagès foi premiada com o Prêmio Ojo Crítico de Artes Visuais em 2022, e foi artista em residência no Gasworks, Londres (2017) e no Triangle France, Marselha (2020). Durante os meses de março e abril de 2025, será artista em residência no EMPAC, Troy, Estados Unidos. Em 2025, o seu trabalho pode ser visto em Chisenhale, Londres; INDEX, Estocolmo; Mumok, Viena; e numa exposição coletiva com curadoria de Chus Martínez no Art Sonje Center; Seul, Coreia.
O júri é composto por figuras relevantes do mundo da arte e da cultura, como Imma Prieto (Diretora da Fundação Tàpies), Javier Díaz-Guardiola (crítico de arte do ABC e coordenador da seção de arte do ABC Cultural) e Mariano Mayer (curador de arte independente). Acompanhado por Carlo Bach (diretor artístico da illy).