
Ricardo Valadares Gontijo Valle, mais conhecido como Cacá, nascido em outubro de 2008, é desses prodígios de curiosidade e criatividade aguçadas, que encantam qualquer um. Nascido e criado em Belo Horizonte (MG), Cacá cresceu cercado por livros e histórias. A influência de sua avó materna e o estímulo amoroso de sua mãe fizeram deste menino um escritor mirim, apaixonado pelo mundo da literatura. “Necromance”, lançado pela editora Autografia, seu segundo livro, prestes a completar 11 anos, chega para reforçar seu talento. Com inegável vocação literária, Cacá pode receber o presente de saborear muito cedo o merecido gosto da realização pessoal.
Em “Necromance e a conquista do planeta dos dragões”, temos como personagem principal um ser sem forma, sem cor, que “resolveu criar um planeta, apenas para sua existência ter algum sentido”. Frustrado com Dark Helm (o planeta), sua primeira obra, criou sem querer uma série de planetas muito mais bonitos e coloridos.
Com inveja de sua própria criação, ao ver a diversidade de sentimentos nela representados, sentiu um terrível desejo de possessão e dominação de suas criaturas. Tomado de uma fúria incontrolável, Necromance, apesar de tudo, decidiu não destruir os planetas, mas atacá-los para exibir seu poder.
Segundo Olavo Romano, Presidente Emérito da Academia Mineira de Letras, esta aventura é a primeira de uma série, um pequeno pulo até o grande salto de Cacá que está por vir e que ele espera poder ver e aplaudir.
“Cada novo escritor deveria ser recebido com festa, foguete, banda de música, repique de sino. Cacá merece mais: antes de completar onze anos, já está no segundo livro.
O primeiro, “O Bestiário das Criaturas”, respondeu ao desafio de registrar alguns dos seres fantásticos que ele descrevia com tanto realismo. É um conjunto de bizarros personagens que transitam por um mundo estranho e vivem aventuras inimagináveis. Esta realidade, que instiga e espanta, é o cenário por onde se movem figuras incomuns, repletas de mistérios e surpresas.” – afirma Romano.
As ilustrações, nascidas de sua mente privilegiada, passam por um processo lúdico em que figuras, brinquedos, gestos e desenhos próprios ajudaram a passar sua ideia ao ilustrador Ghost Jack, que produz as belas imagens desta obra. Intuitivo e sensível, é possível notar que o jovem escritor se guia pelo padrão de narrativas mitológicas e dos contos de fadas, como expressões do inconsciente que buscam orientar nos diversos “mundos” em que transitamos.