MetrôRio exibe as exposições “Memórias da Pequena África” e “Recortes de Memória” na estação Central do Brasil/Centro durante o Mês da Consciência Negra. A ação integra a campanha institucional “Respeito move novas rotas”, que incentiva a valorização da cultura negra e reforça o compromisso com uma sociedade mais diversa. As mostras ficam abertas ao público até 20 de dezembro.
A mostra “Memórias da Pequena África”, realizada pelo Rio Memórias em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, traz seis fotos inéditas do acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. As imagens destacam espaços fundamentais da presença negra no Rio e ajudam a revelar camadas históricas que moldaram a identidade carioca.
Resgate da história e novos olhares
A exposição convida o público a revisitar locais marcados pelo passado escravocrata, como o Cais do Valongo e o Largo de Santa Rita, além de espaços de resistência e criatividade negra, como o Largo da Prainha, a Casa da Tia Ciata, a Praça da Harmonia e a Praça Onze. O percurso destaca como a cultura africana influenciou a formação do espírito carioca e segue presente no cotidiano da cidade.
Já a mostra “Recortes de Memória”, da artista visual Fátima Farkas e com curadoria de Vera Simões, reúne 11 obras que combinam fotografia e pintura para provocar reflexões sobre memória, ancestralidade e representatividade. As imagens apresentam personagens históricos e contemporâneos que marcaram a luta negra, como João Cândido, Benedito Meia Légua, Rainha Nzinga e o arquiteto Diébédo Francis Kéré.
Arte, denúncia e ancestralidade
As obras exploram o contraste entre luz e sombra, simbolizando camadas de memória e resistência. A artista busca evidenciar trajetórias apagadas ao longo da história, destacando contribuições fundamentais desde o período da escravização até os dias atuais. Fátima Farkas construiu carreira no design e nas artes visuais, com criações ligadas a temas étnicos e culturais, especialmente ao Recôncavo Baiano.
As exposições podem ser visitadas no corredor de acesso B (Terminal Rodoviário) da estação Central do Brasil/Centro. Para o MetrôRio, valorizar a cultura negra é um compromisso contínuo. “Valorizar a cultura negra é ir além de sua celebração. É combater o racismo em todas as formas”, afirma Simone Pfeil, gerente de Comercial e Marketing da concessionária.
Iniciativas culturais e troca de livros
A campanha também estimula o público a participar do projeto Livro Vai, Livro Vem, deixando livros inspiradores sobre a cultura negra nas estantes disponíveis nas estações Pavuna, Central do Brasil/Centro, Saens Peña/Tijuca e General Osório/Ipanema. A proposta é ampliar o acesso à leitura e fortalecer a representatividade.
As estantes funcionam em horários variados, de acordo com cada estação, e permitem que clientes façam trocas livres, incentivando a circulação de obras e o compartilhamento de conhecimento.
Serviço
Exposições: “Memórias da Pequena África” e “Recortes de Memória”
Local: Estação Central do Brasil/Centro, corredor de acesso B (Terminal Rodoviário)
Período: Até 20 de dezembro
Horário: Durante o funcionamento do metrô
Livro Vai, Livro Vem
Estações: Carioca/Centro, Saens Peña/Tijuca e General Osório/Ipanema
Horário: Segunda a sábado, das 5h à meia-noite; domingos e feriados, das 7h às 23h
Estação Pavuna: Acesso B (Rua Mercúrio)
Horário: Segunda a sábado, das 5h às 12h; domingos e feriados, das 7h às 12h

