Astros pop transformam cultura em economia. Justin Bieber, Taylor Swift e Beyoncé mostram como a música dita tendências e movimenta bilhões.
A cultura pop deixou de ser apenas entretenimento para se tornar um motor de negócios globais, capaz de redefinir o consumo e a moda. Justin Bieber, Taylor Swift e Beyoncé são alguns dos artistas que provam como a música ultrapassa os palcos e cria impactos econômicos bilionários.

O mais recente exemplo é Justin Bieber, que lançou o álbum Swag II de forma inesperada, repetindo a lógica dos lançamentos surpresa que já marcam o pop contemporâneo. Além da música, Bieber movimenta o setor da moda com a Drew House, sua marca de streetwear, que esgota coleções em minutos. Uma simples colaboração com a Crocs chegou a valorizar as ações da empresa em 13% após um único post.
Já Taylor Swift levou esse fenômeno a outra escala. Sua Eras Tour movimentou cerca de US$ 28 bilhões, transformando os próprios fãs em agentes econômicos. Cada viagem para assistir a um show custou, em média, US$ 1.300, incluindo figurinos temáticos. O chamado Taylor Swift effect elevou marcas desconhecidas a patamares globais: algumas registraram aumento de vendas de até 3.000% em dias, apenas porque a cantora usou suas peças.

O mesmo acontece com Beyoncé, que influencia não só a música, mas também o comportamento de consumo. Um chapéu de caubói espelhado usado pela cantora em Renaissance tornou-se símbolo instantâneo, esgotando a produção artesanal em minutos. Além disso, hashtags no TikTok como #Barbiecore (600 milhões de visualizações) e #Y2K (21 bilhões) mostram como microestéticas nascidas em quartos adolescentes moldam a moda em escala global.
No Brasil, a juventude também responde a essas tendências. As empreendedoras Ninna Bajotto e Sofia Serafim, de apenas 15 anos, criaram em Porto Alegre a marca NS Dress, especializada em vestidos de festa artesanais. Com foco no slow fashion, elas rejeitam a pressa das microtendências e apostam em exclusividade e identidade. “Nosso objetivo não é só vender vestidos, mas mostrar o processo e a dedicação que existe em cada detalhe”, afirmam.
Entre a velocidade das estéticas virais e a busca pela autenticidade artesanal, a moda revela hoje o verdadeiro equilíbrio entre negócios, cultura e identidade da geração Z.