Alex Ferraz

Como reduzir custos com energia e começar 2026 mais eficiente

  Especialista da Voltera ensina passos práticos para economizar energia em 2026, reduzir desperdícios e adotar hábitos mais sustentáveis.

   

Energia como recurso estratégico em 2026

 

  Entrar em 2026 com o pé direito também significa repensar a forma como usamos e consumimos energia. Nos últimos anos, o custo energético cresceu bem acima da inflação, pressionando famílias e empresas. Dessa maneira, o fim do ano se torna um momento estratégico para planejar mudanças.

 

  Entre 2010 e 2024, o custo da energia no mercado cativo subiu 177%, enquanto a inflação acumulada foi de 122%, segundo a Abraceel. Em 2025, os reajustes continuaram acima da inflação, com seis meses de bandeira vermelha, o que prolongou os custos extras nas contas. Assim, eficiência energética deixa de ser opção e passa a ser necessidade.

   

Energia reflete hábitos, cultura e valores

 

  Para o engenheiro eletricista Alan Henn, CEO da Voltera Energia, o primeiro passo é encarar a energia como recurso estratégico. Isso vale tanto para empresas quanto para residências. “A forma como consumimos energia reflete nossos hábitos, nossa cultura e até nossos valores. Reduzir custos é uma consequência natural de quem adota práticas mais conscientes e sustentáveis”, explica.

 

  Com essa visão, economia e sustentabilidade caminham juntas. Ajustes simples na rotina podem diminuir desperdícios, melhorar o orçamento e reduzir impactos ambientais. A seguir, o especialista compartilha dicas práticas para começar 2026 consumindo melhor a energia, com foco em eficiência e consciência.

   

1. Faça um diagnóstico do consumo

 

  Antes de cortar gastos, é fundamental entender de onde vem o consumo. Nas empresas, a recomendação é mapear horários de pico, identificar desperdícios e localizar equipamentos ineficientes. Essa análise orienta investimentos em substituição de máquinas, automação e ajustes operacionais.

 

  Em casa, vale observar os chamados “vilões silenciosos”, como ar-condicionado mal regulado, lâmpadas antigas, aparelhos em stand-by e chuveiros elétricos usados por muito tempo. Dessa forma, o consumidor consegue priorizar as mudanças com maior impacto na conta de luz. O diagnóstico inicial evita decisões impulsivas e aumenta a eficácia das ações.

   

2. Mercado livre de energia: previsibilidade e economia

 

  Para pequenas e médias empresas, migrar para o mercado livre de energia é uma das estratégias mais eficientes para reduzir custos em 2026. Nessa modalidade, o consumidor escolhe o fornecedor e negocia o preço da energia, conquistando tarifas mais competitivas. Além disso, há maior previsibilidade, o que facilita o planejamento financeiro.

 

  “O mercado livre permite planejar, fugir da volatilidade das bandeiras tarifárias e, ainda, optar por fontes renováveis”, reforça Henn. Dessa maneira, a empresa deixa de ficar presa aos reajustes do mercado cativo. Ao mesmo tempo, ganha flexibilidade para adequar contratos ao seu perfil de consumo e à estratégia de crescimento.

   

3. Mercado livre e metas ESG caminham juntos

 

  Cada vez mais, companhias aderem ao mercado livre de energia para alinhar o consumo às metas ESG. Ao comprar energia diretamente de fontes renováveis, como solar, eólica ou biomassa, reduzem custos e melhoram sua performance ambiental. O movimento reforça o compromisso com práticas sustentáveis perante clientes, investidores e sociedade.

 

  Essa liberdade de escolha cria um ciclo virtuoso: menos gasto, menos impacto e mais valor para o negócio. A empresa passa a associar eficiência energética à sua estratégia de marca e governança. Assim, o mercado livre se consolida como ferramenta para unir economia e sustentabilidade no longo prazo.

   

4. Pequenas atitudes com grande impacto

 

  No dia a dia, pequenas atitudes podem reduzir em até 20% a conta de energia. Entre as principais ações estão trocar lâmpadas antigas por modelos LED, aproveitar melhor a luz natural e desligar equipamentos fora de uso. Também é importante regular termostatos de refrigeradores e ajustar temperaturas de climatização.

 

  “Economizar não é só gastar menos, é usar melhor. Cada quilowatt economizado é um passo em direção a um futuro mais sustentável”, completa Henn. Dessa forma, eficiência energética se torna um hábito incorporado à rotina e não apenas uma medida emergencial. A combinação de tecnologia, disciplina e informação faz diferença ao longo de todo o ano.

   

Crescer gastando menos energia

 

  Começar 2026 reduzindo custos de energia é, acima de tudo, um passo de evolução para empresas e famílias. Com tecnologia, planejamento e escolhas mais conscientes, é possível crescer consumindo menos e evitando desperdícios. Ao mesmo tempo, o ganho financeiro se soma ao impacto positivo em termos ambientais e sociais.

 

  Para a Voltera, o desafio está em tornar esse acesso mais simples e democrático. Ao conectar empresas ao mercado livre de energia, a companhia busca entregar energia limpa, com preço mais baixo e gestão integrada com inteligência e tecnologia. Assim, eficiência deixa de ser discurso e se transforma em prática concreta para 2026.

Como reduzir custos com energia e começar 2026 mais eficiente
Foto: Divulgação
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