Artigo de André Barros destaca como governo, tecnologia e nova geração de profissionais inauguram um “fantástico mundo novo” no comércio exterior.
Transformação estrutural no comércio exterior
O comércio exterior brasileiro atravessa uma de suas transformações mais profundas, segundo André Barros, CEO da eComex. O movimento vai além da simples digitalização de processos ou adoção de novas ferramentas. Trata-se de uma mudança estrutural que envolve governo, empresas, tecnologias e, sobretudo, pessoas.
Nos últimos anos, o avanço do Portal Único de Comércio Exterior (PUCOMEX) marcou essa virada. A iniciativa do governo federal centraliza informações, integra órgãos anuentes e simplifica etapas das operações internacionais. Dessa forma, reduz custos, diminui burocracia e amplia a previsibilidade das transações.
Para André Barros, o impacto do programa é comparável, em escala, à Reforma Tributária no campo fiscal. O PUCOMEX se consolida como um divisor de águas para o setor. Além disso, sinaliza um compromisso do Estado com a modernização do ambiente de negócios.
Tecnologia democratiza inovação no comex
Em paralelo, o setor vive uma aceleração tecnológica sem precedentes. A popularização de inteligência artificial, automação, blockchain e computação em nuvem tornou o acesso à inovação mais democrático. Essas soluções chegam a empresas de diferentes portes, com custo e implementação mais acessíveis.
No comércio exterior, as ferramentas tecnológicas eliminam tarefas repetitivas e reduzem erros operacionais. Sistemas inteligentes organizam dados, cruzam informações e automatizam rotinas críticas. Dessa maneira, os profissionais ganham tempo e clareza para decisões estratégicas.
Segundo o CEO da eComex, a tecnologia deixa de ser apenas suporte e passa a integrar o núcleo da gestão. O uso de robôs, agentes de IA e plataformas avançadas permite operações mais rápidas, seguras e eficientes. O resultado é um comex mais ágil e orientado a dados.
Mudança geracional e nova mentalidade
Essa revolução tecnológica coincide com uma mudança geracional dentro das empresas. Uma nova geração de profissionais, formada em ambiente digital e conectada às tendências globais, assume posições de liderança. Esses gestores enxergam o comércio exterior como área estratégica para a competitividade global das companhias.
Para eles, o comex não se limita à execução operacional de exportações e importações. Pelo contrário, integra decisões sobre mercados, logística, riscos e custos. Assim, o setor ganha espaço na definição do posicionamento internacional das empresas.
O resultado é uma mentalidade mais aberta, colaborativa e orientada a resultados. Profissionais buscam parcerias, compartilham conhecimento e utilizam indicadores de desempenho com mais intensidade. Dessa forma, constroem um ambiente de inovação contínua.
“O Fantástico Mundo Novo do Comex”
Na visão de André Barros, essas três forças – governo, tecnologia e pessoas – inauguram uma nova era. Ele resume esse momento no conceito de “O Fantástico Mundo Novo do Comex”. A expressão reflete não só o avanço tecnológico, mas também a transformação humana associada a ele.
Depois da transformação analógica da era industrial e da revolução digital das últimas décadas, vivemos agora uma transformação humana. O mercado exige profissionais adaptáveis, capazes de unir conhecimento técnico, empatia, criatividade e visão analítica. Nesse contexto, a tecnologia não substitui pessoas, mas amplia suas capacidades.
Robôs e agentes de IA assumem tarefas mecânicas e repetitivas. Em contrapartida, as pessoas se dedicam a pensar, criar e tomar decisões de alto valor. Assim, o capital humano se torna ainda mais central nas estratégias de comércio exterior.
Menos fricção, mais eficiência e propósito
O comércio exterior é, por essência, uma atividade meio, mas de importância crítica para o país. Sem ele, cadeias produtivas inteiras podem parar, afetando indústria, serviços e consumo. Por isso, sua modernização traz efeitos amplos para a economia.
Na síntese apresentada por André Barros, o setor caminha para um cenário de menos fricção e mais eficiência. Processos se tornam mais simples, previsíveis e transparentes. Ao mesmo tempo, o trabalho ganha mais propósito, conectando resultados de negócio a desenvolvimento nacional.
Esse é o verdadeiro sentido do fantástico mundo novo em construção, afirma o executivo. Um ecossistema mais integrado, colaborativo e humano, em que tecnologia, governo e profissionais caminham juntos. O objetivo final é impulsionar o Brasil a um novo patamar de competitividade global.
