A artista brasileira Ana Ferrari é a única sul-americana e brasileira a participar da 5ª edição da exposição internacional “Forever Is Now”, organizada pela Art D’Égypte. O evento acontece de 11 de novembro a 7 de dezembro, tendo como cenário as Pirâmides de Gizé, no Egito.
Arte, ciência e espiritualidade em sintonia
Desde sua criação, em 2021, a “Forever Is Now” consolidou-se como uma das exposições de arte contemporânea mais prestigiadas do mundo, reunindo nomes consagrados que dialogam com a atemporalidade do patrimônio egípcio. Em 2025, o destaque brasileiro é Ana Ferrari, cujo trabalho transforma o invisível em visível por meio da interseção entre arte, ciência e espiritualidade.
Na mostra, a artista apresenta “VENTO”, uma instalação que reflete sobre as forças invisíveis que animam o mundo. A obra convida o público a vivenciar a energia natural do vento como música, explorando a harmonia entre humanidade e cosmos. “Reforçando a conexão com a natureza e destacando a energia invisível que molda nossa vida”, resume Ana.
VENTO: um portal de energia e som
A instalação VENTO é composta por 21 flautas de alumínio polido dispostas em formação espiral, símbolo ancestral do vento. O projeto foi desenvolvido com base na cimática — estudo dos padrões físicos produzidos por ondas sonoras — e utiliza tecnologia a laser para gravar as notas nas câmaras de ressonância. Cada som revela padrões vibracionais únicos, resultando em uma experiência sensorial que une tecnologia, natureza e espiritualidade.
Inspirada na tradição egípcia de reverência ao som e à frequência, VENTO surge como um portal de energia, transformando o vento em músico e o espaço em instrumento vivo. A proposta ressoa com o propósito da exposição, que celebra a conexão entre a arte contemporânea e o legado imortal do Egito.
Uma trajetória guiada pela energia e pela natureza
Ana Ferrari constrói sua carreira explorando a interconexão universal e as frequências que permeiam a natureza. Seu trabalho transita entre escultura, instalação e design, com o uso de metais, vidro, pedras e madeira — materiais que simbolizam energia e ressonância. Sua abordagem é guiada por conceitos de animismo, sistemas cristalinos e cimática, unindo arte, ciência e espiritualidade.
A artista já expôs em eventos como a Bienal de Veneza, Art Basel e Milan Design Week, além de ter colaborado com instituições como a Galeria Nara Roesler, o Museu A CASA e o Museu SFERIK, onde atuou como Diretora Criativa e Curadora Cultural.
Com a participação em Forever Is Now, Ana Ferrari reafirma sua posição como uma das vozes mais singulares da arte contemporânea brasileira, levando ao Egito uma obra que traduz, em som e forma, o elo invisível entre a natureza e o espírito humano.
Foto: Giulia de Sanrio / Divulgação

