Kaê Guajajara estreia no The Town 2025 com show inédito do álbum Forest Club, unindo música, dança e manifesto político indígena.
Kaê Guajajara faz história no The Town 2025
Na tarde do dia 12 de setembro, a cantora, compositora e performer Kaê Guajajara apresentou um show inédito no The Town 2025, transformando o Palco Factory em uma verdadeira festa indígena. Primeira e única mulher indígena do line-up, Kaê trouxe ao festival uma performance baseada no álbum Forest Club (2024), celebrando a prosperidade indígena e a diversidade cultural.
“Ontem foi tão incrível, não tenho nem palavras”, vibra Kaê. “Esse show foi sobre liberdade e sobre a arte indígena ocupar espaços de grande visibilidade. Trouxemos novos ritmos, dança, canto e performance para mostrar que somos contemporâneos e múltiplos”.

Uma mistura de ritmos e coreografias inovadoras
O espetáculo uniu funk, french house, amapiano, eletrônica e música popular originária, coreografado por bailarinos indígenas, trans e negros — corpos historicamente invisibilizados que ocuparam o centro da cena.
O figurino-manifesto, assinado por Brabo.Br, simbolizava a destruição da floresta: “Não é só moda, é denúncia. É a tradução do que sinto quando vejo a floresta em chamas: a dor que derrete a pele, a memória e a vida que somos”, explicou a artista.
Público e repercussão
Com um público diverso e vibrante, a apresentação reforçou a trajetória de Kaê como uma das vozes mais inovadoras da música brasileira. Em pouco mais de uma hora, o Palco Factory tornou-se espaço de celebração, resistência e futuro, consolidando a artista como protagonista de um dos momentos mais simbólicos do The Town 2025.
Sobre Kaê Guajajara
Nascida no Maranhão e criada na Maré, Rio de Janeiro, Kaê Guajajara é cantora, compositora, atriz, autora e ativista. Sua música combina inovação e raízes ancestrais indígenas, expandindo a visibilidade dos povos originários no cenário contemporâneo. Ela integrou o line-up do Rock in Rio 2024 com o show “Para Sempre Favela é Terra Indígena”, convidando Totonete, Raphael Vicente e Dance Maré.
O trabalho de Kaê representa um marco no movimento da MPO: Música Popular Originária, conectando ancestralidade, contemporaneidade e resistência cultural.