Alex Ferraz

IA simula a vida de uma mulher de 60 anos por uma semana

Uma IA simulou a rotina de uma mulher de 60 anos durante uma semana, revelando lições sobre longevidade, bem-estar e conexões humanas.

O experimento conduzido pela SeniorLab Mercado e Consumo 60+, com apoio do Google Gemini, propôs um desafio inusitado: recriar em detalhes uma semana na vida de uma mulher de 60 anos. A iniciativa buscou compreender como a Inteligência Artificial traduziria rotinas, hábitos e emoções de uma fase marcada por experiências, maturidade e busca por qualidade de vida.

O projeto utilizou como referência o livro “A Trilha da Longevidade Brasileira”, que reúne aprendizados de mais de três décadas de estudos populacionais conduzidos pelo Instituto Moriguchi. O material serviu como guia para que a IA incorporasse práticas de saúde física, mental e social associadas a uma longevidade ativa.

Imagem gerada pelo Gemini para “se descrever” como protagonista do experimento de ser uma mulher de 60 anos

Uma semana na pele de uma sexagenária

A simulação descreveu atividades cotidianas com riqueza de detalhes: desde rotinas de autocuidado até práticas de atividade física como yoga, tai chi e caminhadas. A alimentação seguiu a chamada “Longevidiet”, com foco em alimentos integrais e hidratação constante.

Mas o que mais chamou a atenção foram as interações sociais: videochamadas com filhos e netos, encontros com amigos e celebrações familiares. Segundo o experimento, o convívio humano foi retratado como uma das maiores fontes de bem-estar emocional e sentimento de pertencimento.

Reflexões sobre ser humano

O ponto alto da experiência foi a capacidade da IA de registrar “reflexões diárias” sobre gratidão, saudade, propósito e conexão com a natureza. Ao final da semana, a máquina concluiu que a essência da vida não está apenas na rotina saudável, mas na capacidade de sentir e compartilhar emoções.

Lições do experimento

Entre os aprendizados destacados pela IA estão:

Um espelho para a humanidade

Para Martin Henkel, CEO da SeniorLab e idealizador do projeto, o resultado foi revelador: “Ao simular a vida de uma mulher de 60 anos, a IA nos ofereceu um espelho para refletirmos sobre o que realmente importa. Mesmo sem sentir como um humano, a máquina nos mostrou que a vida é feita de conexões, cuidado e propósito.”

A experiência abre novas discussões sobre o papel da tecnologia no envelhecimento e reforça que, mais do que dados e algoritmos, a longevidade plena envolve saúde, vínculos afetivos e a busca por significado.

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