Alex Ferraz

Evento debate o poder da mulher preta no Muhcab

Iamara

Ação do Julho das Pretas reúne especialistas no Muhcab para discutir equidade racial, gênero e protagonismo de mulheres negras no Brasil

No dia 31 de julho, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), no Rio de Janeiro, será palco do evento “Quem tem medo de Mulher Preta no Poder?”, uma iniciativa do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) e da Rede de Professores Antirracistas. A ação integra a programação do Julho das Pretas 2025, mês dedicado à valorização da mulher negra latino-americana e caribenha, e tem como propósito fomentar o debate sobre raça, gênero e protagonismo no Brasil.

O evento reunirá mulheres negras de diversas áreas — acadêmica, artística, cultural e política — para compartilhar experiências, estratégias e saberes, ampliando a discussão sobre liderança feminina negra e sua atuação em espaços historicamente negados. As atividades acontecem das 8h às 16h, com entrada gratuita e programação aberta ao público.

A proposta central do encontro é promover o V Seminário Nacional de Mulheres Pretas e seus Saberes, conectando saberes periféricos, acadêmicos e artísticos em rodas de conversa que abordam temas como movimentos sociais, patrimônio negro, saúde, educação afrocentrada, cultura e representatividade política. O objetivo é fortalecer projetos do CEAP e formar uma rede de diálogo afro-diaspórico, reunindo experiências produzidas sob o olhar de mulheres negras e periféricas.

A diretora executiva adjunta do CEAP, Mariana Gino, destaca a urgência de continuar enfrentando o racismo e a misoginia estrutural. “Clamamos a todas, todes e todos a se posicionarem na luta contra todo tipo de discriminação sofrida pela mulher negra brasileira”, afirma.

Mariana Gino

A programação inclui:

O evento também presta homenagem à professora Joselina da Silva, símbolo da resistência e da luta por uma sociedade mais justa. Serão reconhecidas instituições como o CEAP, IPCN, Criola, Geledés e UFRRJ, que atuaram ao lado da homenageada em prol da equidade racial e de gênero.

Daiane

Com apoio de organizações como o MUHCAB, Coletivo Maitê Ferreira, Circuito Ubuntu, Mutirão do Amor e instituições de pesquisa e ensino, o encontro se consolida como um espaço de escuta e articulação para mulheres pretas que produzem, lideram e transformam.

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