Com uso crescente, Inteligência Artificial já muda rotinas e estruturas corporativas e impõe novos desafios para empresas e profissionais no Brasil
A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser uma tendência para se consolidar como uma realidade no ambiente corporativo brasileiro. De acordo com estudo recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), 39% das empresas do país já utilizam algum tipo de tecnologia baseada em IA, principalmente nas áreas administrativas (61,1%) e operacionais (46,8%).
Esses números revelam uma transformação estrutural nas empresas, que passam a incorporar a IA em modelos de negócio, produtividade e cultura organizacional. A adoção da tecnologia está redefinindo a forma como as empresas operam e como os profissionais interagem com os processos internos.

Para Rafael Wisch, multiempresário, especialista em inovação e fundador da Greenn, uma das principais plataformas de pagamento para infoprodutores do Brasil, o uso da IA é uma decisão estratégica e inevitável. “A tecnologia está otimizando processos burocráticos, reduzindo erros e liberando as equipes para tarefas mais criativas e analíticas. Não se trata de substituir o ser humano, mas de ampliar sua capacidade com o apoio da IA”, afirma.
Apesar da expansão, a pesquisa da FGV mostra que ainda há incertezas quanto ao impacto da IA no emprego:
- 40,8% das empresas projetam redução de vagas nos próximos 10 anos;
- 25,3% acreditam que não haverá mudanças significativas;
- 22,7% esperam um aumento de oportunidades, principalmente nos setores ligados à tecnologia.
Para Wisch, o maior desafio está na qualificação da força de trabalho. “O profissional que domina ferramentas de IA ou sabe integrá-las aos objetivos do negócio tende a se destacar. O futuro do trabalho não é competir com as máquinas, mas aprender a trabalhar com elas”, reforça.
A aceleração digital vivida nos últimos anos — impulsionada pela pandemia, pelo crescimento do e-commerce e pela digitalização de serviços — tornou a IA um elemento central nas decisões empresariais. No entanto, segundo Wisch, o mercado ainda está dando os primeiros passos. “Estamos apenas arranhando a superfície. O verdadeiro impacto virá quando a IA estiver no DNA das empresas, influenciando da logística à experiência do cliente”, conclui.
Sobre Rafael Wisch
De vendedor de sorvete a referência em tecnologia e inovação, Rafael Wisch é fundador da Greenn e de projetos com foco em inteligência artificial, construindo ecossistemas empresariais com impacto real. Sua atuação se destaca pela combinação de tecnologia, propósito e visão estratégica, representando uma nova geração de líderes comprometidos com inovação, ética e transformação social.