Alex Ferraz

Fernando Torquatto recria visual de Hair com olhar contemporâneo

Visagista atualiza a estética dos anos 60 para nova montagem do musical Hair, com estreia marcada para 4 de julho de 2025.


O renomado Fernando Torquatto assina o visagismo da nova montagem de Hair, musical que retorna aos palcos no dia 4 de julho de 2025, sob direção de Charles Möeller e Claudio Botelho. Com Rodrigo Simas no elenco, a produção revisita um dos mais icônicos espetáculos da Broadway, resgatando o espírito libertário dos anos 60 em uma leitura visual contemporânea e provocadora.

Responsável por criar a identidade estética dos personagens, Torquatto mergulhou na carga simbólica do movimento hippie, que questionava os valores da época em meio à Guerra do Vietnã, defendendo a paz, o amor livre e a contestação política. Para o artista, o trabalho vai muito além da maquiagem ou do penteado: “É dar vida, através da estética, à atitude transformadora que marcou uma geração e segue inspirando o presente”, afirma.

Segundo o visagista, seu principal desafio foi construir uma linguagem visual que respeite a essência histórica de Hair, mas que também dialogue com o público atual. “Hair é um marco cultural. Trouxe à cena toda a força simbólica da década de 1960, mas com elementos atualizados, que falam sobre liberdade, diversidade e identidade nos dias de hoje”, explica.

Crédito: André Wanderley

Com uma carreira reconhecida na construção de visuais cênicos e editoriais, Torquatto celebrou a oportunidade de integrar um projeto que une legado artístico e inovação estética. “É sempre um prazer trabalhar com uma equipe tão talentosa e comprometida. Poder assinar o visagismo de um espetáculo dessa magnitude é um presente raro e inspirador”, declarou.

A nova versão de Hair promete provocar reflexões visuais e emocionais. A estética idealizada por Torquatto mescla nostalgia e atualidade, recriando uma atmosfera de liberdade e revolução, em sintonia com os temas atemporais do musical. “Hair volta como um manifesto visual e o visagismo é parte vital dessa linguagem”, conclui o artista.

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