Alok faz estreia no Coachella com um show desafiador, abordando a relação entre humanos e IA, e com a participação surpresa de Ava Max.
A estreia de Alok no Coachella foi um dos momentos mais aguardados do festival, e o artista brasileiro não decepcionou. Em uma performance que já é considerada a mais desafiadora de sua carreira, Alok subiu ao palco Sahara Tent no sábado, 12, e entregou um espetáculo que mesclou música eletrônica, arte e reflexão sobre temas atuais, como a relação entre humanos e a inteligência artificial.
A apresentação foi dividida em três blocos, cada um com um tema que dialogava com o futuro, a natureza e a presença humana na era da tecnologia. No primeiro bloco, FUTURE, a coreografia inspirada em movimentos robóticos do grupo Urban Theory — um dos nomes mais influentes no universo do street dance — evocou uma reflexão sobre a relação entre humanos e máquinas. A presença de Zeeba para interpretar o hit global “Hear Me Now” deu ainda mais brilho ao momento.

O segundo bloco, NATURE, trouxe à tona o compromisso de Alok com a sustentabilidade, com movimentos orgânicos que simulavam elementos naturais, como árvores e fogo, passando uma mensagem urgente sobre o estado do planeta. Alok tem abordado o tema em diversos momentos de sua carreira, utilizando o entretenimento para conscientizar o público.

O grande final da apresentação foi marcado por uma participação surpresa de Ava Max, que subiu ao palco para interpretar seus hits “Sweet But Psycho” e “Car Keys”, que rapidamente se tornaram virais. O último ato do show foi uma poderosa declaração de Alok sobre a importância de manter a arte humana. Ao lado do Urban Theory, os performers tiraram suas máscaras, revelando suas faces e simbolizando a reflexão sobre o impacto da inteligência artificial no cenário artístico.
Vestindo uma camiseta com a mensagem “Keep Art Human”, Alok concluiu sua performance com um forte apelo para que a tecnologia seja usada a favor da cultura, mantendo a criatividade humana como protagonista.
A estreia de Alok no Coachella redefiniu os limites do que um artista de música eletrônica pode alcançar e mostrou como a música, o público e a tecnologia podem se conectar de maneira profunda e significativa.