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Da Ginástica Rítmica ao futebol profissional: A história de superação de Kaylla

Kaylla Fernandes, 20 anos de idade, de Brasília , no Sol Nascente , nunca imaginou que a menina que passava os dias em casa, sonhando com a bola , se tornaria uma das principais jogadoras de futebol de sua comunidade.

A paixão pelo esporte surgiu ainda na adolescência, quando decidiu trocar a ginástica rítmica pelo futebol, enfrentando preconceitos e desafios para seguir seu sonho.

Com determinação e apoio da família, ela trilhou um caminho de superação, conquistando títulos e inspirando outras meninas a buscarem seus objetivos. Tudo começou quando aos 13 anos , cansada de uma rotina sedentária, Kaylla pediu para sua mãe que a matriculasse na vila Olímpica.

Apesar do desejo de jogar futebol, a falta de horários específicos para meninas a levou a experimentar a ginástica rítmica. Mesmo gostando da modalidade, a jovem atleta sentia que seu coração batia mais forte pelo futebol.

Com muita determinação Kaylla decidiu que jogaria futebol mesmo com os meninos. Com o apoio de sua família e uma chuteira de presente, iniciou sua jornada em um time onde era a única menina.

Enfrentou preconceitos e dificuldades , mas sua paixão pela bola a impulsionou a seguir em frente, a oportunidade de treinar com um time feminino profissional foi um marco em sua carreira, Kaylla conciliava trabalho, estudos e treinos com muita disciplina.

Aos 16 anos, a chance de jogar o brasileiro Sub 16 pelo C R S S P O M a deixou eufórica , mas a ansiedade e a pressão a impulsionaram de se destacar . Mesmo com desafios, Kaylla nunca desistiu de seu sonho.

Participou de diversos campeonatos, como o Cantango , e conquistou títulos importantes na taça das favelas, representando sua comunidade com orgulho. A conquista no bicampeonato na taça das favelas foi um marco em sua carreira.

“ Bom , por ser um campeonato de grande visibilidade só de estar jogando , já é uma experiência incrível, é um campeonato onde vários nomes foram revelados assim como Hendrick do Palmeiras, ter tido essa oportunidade foi tudo pra mim, já estávamos muito felizes de estar participando e quando vimos que lutamos até conseguir chegar na final e vencer a emoção tomou conta da gente, foi muito bom ter vivido essa experiência, uma pena que o pessoal de Brasília não ter dado valor e ter parado de fazer as edições da taça das favelas por aqui ” , afirma a atleta.

Ao longo de sua trajetória, Kaylla enfrentou diversos desafios, com a conciliação dos estudos com os treinos e o trabalho.

“ Tinha dias que acordava às 5 h 40 da manhã, e só voltava para casa depois das 23 h 30 . Mas nunca desistir do meu sonho ” , revela para o podcast edinhotaon.

A atleta também falou sobre a oportunidade de jogar o brasileiro Sub 16 e a frustração de não ter sido convocada para o nacional na taça das favelas em 2022.

“ A ansiedade e a preocupação tomaram conta de mim em alguns momentos, mas aprendi a lidar com as dificuldades e a seguir em frente ” , afirma.

Hoje, Kaylla é uma das principais jogadoras do ARRAIAS E. C , e continua trabalhando por seus objetivos:

“ Meu sonho é continuar crescendo no futebol e poder representar o Brasil em competições internacionais ” , afirma.

Hoje, Kaylla Fernandes, aos 20 anos, continua sua jornada no A R R I A S E . C , o time que a transformou em atleta .

Sua história é um exemplo de superação, determinação e paixão pelo futebol. Ao superar obstáculos e quebrar barreiras, ela inspira outras meninas e seguirem seus sonhos e a acreditarem em seu potencial.

Podcast edinhotaon/ Fonte: Edno Mariano

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