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    Alex Ferraz
    Home»Notícias»Música»“Coisa Nossa”, um encontro de rios

    “Coisa Nossa”, um encontro de rios

    09/12/2024Nenhum comentário Música
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    (Coisa Nossa | Foto por Elisa Maciel (@elisabdm)

    Dupla formada por João Mantuano e RAYA estreia em álbum que celebra, em canções que vão do folk à marchinha carnavalesca, a abertura para o encontro e o enraizamento no solo brasileiro.

    Ouça em todas as plataformas digitais.

    Texto por Leonardo Lichote.

    Coisa Nossa é o nome da dupla formada por João Mantuano e RAYA — e também de seu álbum de estreia, que eles lançam pelo selo Toca Discos no dia 6 de dezembro. A expressão carrega pelo menos dois sentidos, que refletem movimentos diversos: para dentro e para fora. Porque Coisa Nossa é intimidade fechada, o ambiente de troca entre dois artistas que permitiu o nascimento dessa safra de canções — no sofá de casa, violões em punho. Mas Coisa Nossa também se amplia na direção das fronteiras do Brasil e de sua imensidão, território pelo qual a dupla trafega ao longo das 11 faixas dos disco. Não só por apontarem para referências como Novos Baianos, Elomar e Caetano Veloso, mas pela forma brasileira como estabelecem diálogos com sonoridades de artistas como Simon & Garfunkel. O “nossa” é um só — mas nós somos dois, nós somos muitos.

    A afinidade entre João e RAYA — nome artístico da compositora e cantora Paula Raia — se manifestou já no primeiro encontro, na casa dela. Eles já vinham conversando há um tempo virtualmente, numa aproximação estimulada por Felipe Rodarte — que viria a se tornar produtor do álbum ao lado de Constança Scofield e Álvaro Alencar — para que eles compusessem algo juntos para ser lançado como single. Quando enfim se sentaram cara a cara, saiu a primeira composição: “Diferentes semelhanças”, faixa 2 do álbum.

    É simbólico que a primeira canção que escreveram juntos carregue no nome a contradição harmoniosa entre diferenças e similitudes. Afinal, é disso que em última instância se trata o encontro, e mais especificamente o encontro entre João e Raya . “Se você vir/ Tu vem devagarinho/ Que os nossos pés/ Vão se encontrar/ No meio do caminho” — eles cantam em “Cidade alta”, outra das canções do álbum.

    João vinha de uma parceria com Chico Chico, com quem lançou um disco em 2021. Elogiado pela crítica, o álbum chegou a ter uma de suas canções indicada ao Grammy Latino. RAYA vinha compondo trilhas originais para espetáculos de dança — num deles, suas músicas ganharam a voz de Ney Matogrosso, que as lançará em breve pela Som Livre. Além disso, seu primeiro disco, “Tô”, ganhou as plataformas em 2022, com a participação de Julia Mestre — e de Juliana Linhares no show de lançamento. No mesmo ano, ela pôs na rua “Pontes”, um single feito também com Chico Chico e com Victor Ribeiro.

    Devagarinho, João e RAYA se encontraram no meio do caminho. E decidiram abrir um caminho juntos. O que deveria ser uma reunião para um single começou a gerar canções, uma atrás da outra — hoje eles têm cerca de 40 parcerias.

    Porém, “Coisa Nossa”, o disco, é fruto de outros encontros além do de João e RAYA. Em primeiro lugar, com a dupla de produtores Felipe e Constança, sócios no selo Toca Discos. Eles foram os primeiros a ouvir a leva inicial de canções e identificar que ali havia um disco e, mais do que isso, uma dupla, que com suas diferentes semelhanças construía uma identidade sólida. E que já nascia com nome, dado por Constança a partir dos dizeres que leu numa camiseta.

    A roda de encontros se ampliou com a entrada do engenheiro de som Álvaro Alencar, terceiro elemento da produção. Ele ajudou a materializar a sonoridade do disco, ao mesmo tempo íntima e expansiva, minimalista e exuberante. Uma sonoridade que partiu da essência já presente naquele espaço íntimo da composição, ou seja, dos violões como base do conceito dos arranjos. Em especial, o violão de João, referência central para Marco Vasconcelos, que gravou o instrumento no disco — com alguns violões adicionais de Sergio Chiavazzolli.

    Por fim, outro encontro que está na base da alma do álbum foi com Renato Cipriano, trazido para o “Coisa Nossa” por sugestão de Álvaro. Responsável pelo projeto acústico de diversos grandes estúdios, entre eles o Toca do Bandido, Cipriano pensa a música abarcando seu poder de cura — a partir do entendimento de frequências que têm efeitos menos ou mais saudáveis sobre nós. Uma curiosidade técnica que dá ideia da importância dessa dimensão para “Coisa Nossa” é o fato de todos os instrumentos do disco terem sido afinados em 432 Hz, uma frequência que, estudos defendem, atua mais em harmonia com a natureza, o corpo e a mente humana, em contraposição aos 440 Hz adotados como padrão universal. 

    O álbum foi naturalmente concebido, portanto, como respiro em meio ao ritmo frenético do mundo: da composição à engenharia sonora, dos arranjos aos músicos arregimentados (André Vasconcelos, Marco Vasconcelos, Marcos Suzano, Sergio Chiavazzolli e Renato Cipriano), passando pelas letras repletas de referências à natureza. 

    “Coisa Nossa”, a canção-título, abre o disco já expondo essas intenções contemplativas — e outras tantas já mencionadas aqui, como o desejo manifesto de brasilidade. O universo dos Novos Baianos de “Acabou chorare”, pós-João Gilberto, com união de bandolim e guitarra baiana, eletrificação coisa nossa. O coro que une as vozes de Luciane Dom ao trio Soul de Brasileiro (Gê Vieira, José Junior e Negra Silva) aquece ainda mais a gravação. 

    “Diferentes semelhanças” carrega um “sentimento Roberto Carlos”, como define João. O anúncio da contemplação solitária — mas luminosa — vem nos primeiros versos: “Olho pra cidade/ E vejo/ Corpos refletindo/ Tempo”. Já “Ouro” traz a engenharia pop das canções de Simon & Garfunkel — incluindo um “tchururu” que ecoa “Mrs. Robinson”. “Ninguém vale tanto brilho”, adverte a letra que trata das seduções comerciais da trajetória de um artista.

    Cantada por João sozinho, “Arrebol” soa como folk americano, mas com pandeiro de pés fincados no solo brasileiro. Ao mesmo tempo, amplia seu território com o derbak, tambor árabe. Na sequência, é a vez de RAYA cantar sozinha, em “Rouxinol”. Lado a lado, soam como continuidade, canções-irmãs, que rimam em seus títulos e compartilham de um universo de rios e céus — aliás, há muitos rios pelos versos do disco, essa metáfora que guarda em si a ideia do fluxo e a vocação pelo desaguar. “É como se ela fosse o sol e eu a lua”, sintetiza poeticamente João, referindo-se ao par de músicas.

    “Cidade alta” foi feita tendo Santa Teresa em mente, o Rio que se vê de lá. A certa altura, seu bandolim carrega uma melancolia de fado. Ao mesmo tempo, ela é atravessada por uma alegria tranquila. “Pra que certeza/ Se aqui/ É uma ladeira só”, perguntam os versos. “Love livre”, composta apenas por RAYA, é marcha de carnaval com puxada de ska, celebrando a liberdade de amar na festa. É pontuada por uma guitarra baiana que faz pensar na sonoridade de “Muitos carnavais”, álbum de Caetano Veloso.

    “Mata escura” também fala de liberdade, mas num contexto mais amplo. “Talvez seja a canção que traga mais esperança”, diz RAYA. “É um colo feminino. Uma sensação de verdade pura”, define João. Delicada como seu título, “Pétala branca” é assinada apenas pelo compositor. Em menos de dois minutos, desenha com singeleza dedilhada a fragilidade do amor.

    “Aqui eu permaneço” é afirmação de resistência, construída como resposta a “Vou-me embora”, canção de Paulo Diniz regravada por Zé Ibarra em 2023. O “aqui” a que se refere a letra é a América Latina, terra de trovadores de mil naturezas, do Pantanal aos Andes, de alguma forma evocados no arranjo. Por fim, “Se for cantar por amor”, parceria de João com Sal Pessoa, é mantra que amarra a alma de encontro que sustenta o disco: “Resistindo o amor/ Na alma do animal”.

    FICHA TÉCNICA:

    Produzido por Felipe Rodarte, Constança Scofield e Álvaro Alencar

    Gravado no estúdio Toca do Bandido

    Engenheiro de Gravação – Álvaro Alencar é Felipe Rodarte 

    Assistente de Gravação – Raphael Dieguez 

    Edições – Raoni Andrade 

    Engenheiro de Mixagem – Álvaro Alencar 

    Masterizado por Felipe Tichauer no Red Traxx em Miami

     

    Coisa Nossa

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sergio Chiavazzolli – cavaquinho, guitarra baiana, bandolim

    Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

     

    Diferentes Semelhanças

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Renato Cipriano – percussões étnicas (e

    Sergio Chiavazzolli – bandolim

     

    Ouro

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    João Mantuano- Violão 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

     

    Arrebol

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sem participações adicionais. Apenas banda base e P&J

     

    Rouxinol

    RAYA – Voz

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

    Renato Cipriano – cristais, orgão Shruti

    Ilarindo Davidson – Bateria

     

    Cidade Alta (Monte Alegre)

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Renato Cipriano – cristais, Anima bells

    Sergio Chiavazzolli – bandolim

     

    Love Livre

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sergio Chiavazzolli – guitarra elétrica, guitarra baiana

    Backings – Gê Vieira, José Junior, Negra Silva e Luciane Dom

     

    Mata Escura

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz e violão solo

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Renato Cipriano – percussões étnicas, gongos, tubular bells, cristais, hand drum

     

    Pétala Branca

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    Marco Vasconcelos – Violão

    Sergio Chiavazzolli – bandolim

    Alvaro Alencar – efeitos e ambiencias

     

    Aqui Eu Permaneço

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz e viola caipira 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Renato Cipriano – percussões étnicas

     

    Se for cantar por amor

    RAYA – Voz

    Mantuano – Voz 

    Marcos Suzano – Percussão

    André Vasconcelos – Baixo

    Marco Vasconcelos – Violão

    Alvaro Alencar – voz declamada

    Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

     

    Ouça em todas as plataformas digitais.

    Sobre Coisa Nossa

    Raya e Mantuano, dois talentos da nova MPB, encontraram-se pela primeira vez em 2022, apresentados por Felipe Rodarte, no mítico Estúdio Toca do Bandido e, de lá pra cá, compuseram diversas canções; as 11 primeiras integram o álbum em produção, intitulado “Coisa Nossa”, que terá lançamento pelo Selo Toca Discos.

    “Coisa Nossa” são duas vozes e dois violões. “Mexemos e misturamos o caldeirão das nossas referências e experiências e saiu um negócio bem nosso”, conta Raya ao lado de Mantuano, com supervisão dos produtores Felipe Rodarte e Constança Scofield, ao longo dos muitos encontros na Toca do Bandido.

    Tem folk, samba, bossa, afoxé, rock. A dupla sabe brincar de abrir caixas de gêneros musicais consagrados e fazer uma delicada e interessante fusão. Dirigir o abundante fluxo criativo dos dois em direção a algo muito novo e fresco.

    “Coisa Nossa” é, além de tudo, um projeto carioca. Passeia pela cidade, com notas de Leme, Santa Tereza e Itanhangá, onde fica a Toca do Bandido e seus parceiros. Sua produção conta também com a participação do premiado engenheiro e produtor Álvaro Alencar.

    A sonoridade de Raya e Mantuano pode ser definida como um lugar de calma e delicadeza em que muitas coisas acontecem. A dupla é a condutora deste trem brasileiro que parte para o interior, sempre olhando para o futuro, conectado com ‘coisas nossas’. É um trabalho sem um olhar ufanista sobre música brasileira, mas sim com ternura.

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