Elenco conta com Rodrigo Pandolfo, interpretando Roberto Medina, além de Malu Rodrigues, Beto Sargentelli, Bel Kutner, André Dias, Gottsha, Guilherme Logullo e mais de 40 atores, bailarinos e músicos. Apresentações acontecem em quatro sessões diárias na Cidade do Rock, durante os dias do festival
A Cidade do Rock começa a pulsar com uma nova energia com o início dos ensaios do musical “Sonhos, Lama e Rock and Roll”. Em um ano que marca quatro décadas de história e inovação, o Rock in Rio está se preparando para emocionar o público com um espetáculo que trará os bastidores do maior festival de música e entretenimento do mundo. A obra mergulha na trajetória visionária de Roberto Medina, desde a concepção até o sucesso global do festival, destacando o poder dos sonhos e da persistência. Com 40 minutos de emoção em quatro apresentações diárias durante os sete dias de evento, “Sonhos, Lama e Rock and Roll” é mais do que um musical, é uma celebração da coragem de perseguir sonhos aparentemente impossíveis.
Caberá a Rodrigo Pandolfo, mais conhecido por seu papel como Juliano em “Minha Mãe é uma Peça”, interpretar Roberto Medina, o icônico criador do Rock in Rio que transformou a cena musical brasileira e colocou o país na rota das turnês internacionais. “É uma baita honra homenagear Roberto Medina, simplesmente um dos maiores nomes da indústria musical e do entretenimento de todo planeta. Para mim, já está sendo histórico.”, conta Pandolfo. Malu Rodrigues, Beto Sargentelli, Bel Kutner, André Dias, Gottsha, Guilherme Logullo de mais de 40 atores, bailarinos, músicos e cantores completam a produção.
O espetáculo tem criação de Roberto Medina, direção musical e trilha sonora assinada por Zé Ricardo, texto e direção geral de Charles Möeller, concepção Möeller & Botelho e realização Rock in Rio. “Tem um ditado africano que eu adoro: enquanto o leão não contar a sua versão, o caçador sempre será o herói! Essa foi a premissa e virou meu guia! Com o superculto às celebridades, acabamos sempre sabendo de inúmeras histórias sobre os artistas que vieram, suas exigências e pedidos excêntricos, seus comportamentos dentro e fora de cena! Sua interação com o Festival etc… Mas poucos sabem de tudo que aconteceu até as portas da Cidade do Rock abrir pela primeira vez! Estou há um tempo nessa pesquisa e ainda me surpreendo com a quantidade de histórias fascinantes que existem e que deveriam ser contadas! Daria para fazer uns 40 musicais de tão fascinantes. A possibilidade de poder contar um pouco da realização de um sonho impossível que mudou a história do entretenimento brasileiro para sempre é uma honra e um privilégio, ainda mais ter essa oportunidade dentro do festival com todos envolvidos nessa jornada juntos comigo para essa celebração!”, diz Moeller.
Com coreografias dinâmicas assinadas por Mariana Barros e uma banda vibrante ao lado do palco, o musical está tomando forma — serão 180 horas de ensaio — e vai proporcionar uma experiência musical singular. Inspirado no conceito de “Fábrica dos Sonhos”, o cenário apresentará elementos marcantes, como o icônico tênis enlameado de 1985 com cinco metros de comprimento e um sino cenográfico com dois metros e meio de altura. Serão 240 figurinos, criados para capturar a magia e o sonho que permeiam o festival. Os números da produção impressionam. A Arena 2, local que abrigará a produção, será adaptada para acomodar uma arquibancada com capacidade para 790 pessoas por apresentação. O palco contará com uma tela de LED de 144 m² e uma boca de cena de 40 metros de largura, além de 3,5 toneladas de equipamentos de luz e som. Serão realizadas 28 apresentações, com 40 artistas no palco e uma equipe de mais de 100 profissionais.
“São 40 anos de histórias inesquecíveis no Rock in Rio. Estamos preparando um espetáculo à altura do festival, que vai emocionar cada pessoa que assistir à produção. Vamos mergulhar na trajetória do maior festival de música e entretenimento do mundo, relembrar como tudo começou, passando pelos desafios que encaramos e sonhos que realizamos. A cenografia será um show à parte, com elementos que marcaram a história do Rock in Rio. Será memorável.” celebra Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.
Na trilha sonora, o público vai reconhecer canções emblemáticas das 22 edições do festival, como América do Sul, Ney Matogrosso; Alagados, Os Paralamas do Sucesso; Love of my life, Queen; e um medley de We will Rock You, Queen, Live and Let Die, Guns N’ Roses e Crazy in Love, Beyoncé. Haverá ainda uma canção inédita, composta especialmente para o musical. “A trilha sonora deste espetáculo é uma imersão musical que traz à tona os sucessos que definiram o Rock in Rio ao longo dos anos, tanto no Brasil quanto em Lisboa. É uma combinação poderosa entre música e teatro, levando o público a uma experiência única e emocionante. Além disso, ter a oportunidade de criar música para este tipo de produção é um desafio que me motiva intensamente. O processo abre um leque de possibilidades criativas, onde qualquer coisa pode acontecer. Vamos fazer um espetáculo lindo.” destaca Zé Ricardo, vice-presidente artístico da Rock World.
Narrativa vai transportar a plateia para 1984, ano em que o Rock in Rio começou a deixar de ser um sonho e virar realidade
A nova produção, “Sonhos, Lama e Rock and Roll”, acompanha a história da autora Elizabeth Lobo — interpretada pela atriz Bel Kutner nos tempos atuais e, depois, quando a peça está em 1984, pela atriz Malu Rodrigues —, mulher determinada e apaixonada pelo mundo da publicidade e do entretenimento, na noite de autógrafos de seu livro autobiográfico “Fábrica de Sonhos”, em 2024. Durante o evento, Elizabeth reflete sobre sua jornada de vida, especialmente em 1984, quando participou da ideia de realizar um festival de música internacional no Rio era vista como um delírio quixotesco.
O musical levará os espectadores a uma viagem no tempo, voltando para 1984, onde a jovem Elizabeth chega a uma agência de publicidade carregando uma mala cheia de sonhos e aspirações. Contratada como estagiária, ela é recepcionada por Dora — papel feito por Gottsha — e disputa uma vaga no departamento de criação com João — interpretado pelo talentoso Beto Sargentelli —, um jovem carismático que se recusa a adotar um comportamento competitivo. Enquanto isso, em meio a uma crise política e econômica no Brasil, o dono da agência, interpretado por Rodrigo Pandolfo, revela a intenção de criar o maior festival de música e entretenimento do mundo, refletindo a audácia necessária para transformar sonhos em realidade.
À medida que a história avança, os espectadores são levados em uma montanha-russa de emoções, culminando em um final poderoso que celebra a resiliência, a criatividade e o espírito do Rock in Rio. Uma das passagens mais marcantes da narrativa é a aparição de Dom Quixote, interpretado por André Dias. O icônico cavaleiro errante, surge montado em seu cavalo no meio do público e dirige-se ao palco central, simbolizando a luta contra os céticos e a busca incansável por realizar os sonhos mais impossíveis.
“Sonhos, Lama e Rock and Roll” é um testemunho poderoso da capacidade humana de sonhar grande e do impacto duradouro que esses sonhos podem ter. O musical exemplifica como a visão e a persistência podem moldar não apenas o destino de uma pessoa, mas também o curso da história cultural de uma cidade, de um país e, por extensão, do mundo. É um lembrete luminoso de que, mesmo diante do impossível, persistir em sonhar é o mais humano de todos os nossos dons.