No dinâmico mundo dos negócios, a capacidade de uma marca se adaptar e evoluir tem sido cada vez mais crucial para sua sobrevivência e crescimento. Com isso, o processo de rebranding, ou seja, a reformulação da identidade visual e estratégica de uma empresa, tem sido uma ferramenta estratégica poderosa para empresas que buscam não apenas se manter relevantes, mas também se diferenciar em um mercado saturado.
 

Segundo Nat Rezende, sócia da Capsula, empresa brasiliense especializada em inteligência criativa, o motivo do rebranding é muito particular de cada marca. “Inovação, mudanças nos produtos ou serviços oferecidos, e a necessidade de se conectar com novos públicos são alguns dos principais catalisadores desse processo. Além disso, crises de imagem que demandam um reposicionamento são frequentemente razões fortes para considerar o rebranding.”
 

Rezende ressalta que muitas empresas enfrentam desafios significativos ao embarcar no rebranding. “Normalmente elas sabem o que querem alcançar com o rebranding, mas nem sempre sabem como fazer isso de maneira eficaz. Mudanças específicas e pontuais podem ser um obstáculo, requerendo uma abordagem cuidadosamente planejada e executada.”
 

Para uma empresa, o diagnóstico prévio é essencial. Nat enfatiza que compreender as expectativas do rebranding é fundamental para tomar decisões informadas. “Às vezes, o que uma marca precisa não é um rebranding completo, mas sim um redesenho na comunicação ou nos canais para alcançar novos públicos ou inovar sem perder sua identidade essencial.”
 

(Re)branding eficiente
 

A empresa está pronta para o rebranding quando reconhece que é necessário para posicionar sua marca com mais clareza. Essa clareza de propósito é crucial para iniciar um processo que pode redefinir sua trajetória no mercado. Um rebranding bem-sucedido pode transformar a percepção do público-alvo sobre uma empresa.
 

“Quando fica claro para o cliente qual o posicionamento daquela marca e o que ela tem a oferecer, isso se reflete em todos os pontos de contato com a marca,” explica Nat Rezende. Desde a experiência no espaço físico até a entrega do produto, a consistência na comunicação fortalece a identidade renovada de qualquer negócio.
 

Em um mercado saturado como o que vivemos, o rebranding pode ser uma arma estratégica para destacar-se da concorrência. “Quando alinhado ao posicionamento da marca e às necessidades do público-alvo, o rebranding pode comunicar de forma direta e clara os valores que diferenciam uma empresa,” destaca Nat Rezende.
 

Contudo, há riscos envolvidos. “O desconhecimento da realidade do mercado é um dos principais problemas,” alerta Nat Rezende. Compreender as necessidades do mercado e dos clientes é tão crucial quanto entender os motivos internos para o rebranding. Uma análise profunda e uma estratégia bem fundamentada são essenciais para minimizar esses riscos.
 

Cases na prática
 

A Cápsula foi responsável por diversas marcas que passaram por rebranding. Um dos destaques em Brasília é o Clube.Co, que inicialmente era a academia Clube Coat e se tornou um complexo de bem-estar e saúde, com coworking, gastrobar, espaço para crianças e gestantes, piscina, sauna e quadras de areia. “No primeiro trimestre de 2023, apostamos em diversas estratégias para reposicionar a marca com novo conceito e planejamento e comunicar o novo espaço completo para os consumidores”, explica Cami Gomes, uma das sócias da Cápsula.
 

Outro caso que chama a atenção é o Joy Hostel, também na capital federal. “A marca queria se posicionar no mercado não apenas como um lugar de hospedagem, mas sim como um espaço de experiências de turismo e gastronomia, promovendo encontros, eventos e integrando-se melhor à comunidade no entorno do hostel. Mudamos a identidade visual e apostamos em mostrar ao mercado um novo conceito da marca, e o resultado ficou incrível”, finaliza Gomes.