O levantamento do Ministério da Saúde de que quase 1 em cada 4 crianças apresenta atraso no desenvolvimento psicossocial até os 5 anos de idade era esperado, mas não deixa de ser alarmante. Quase 25% das nossas crianças de até 5 anos não estão tendo o desenvolvimento esperado, seja na aquisição de habilidades ou comportamentos esperados para essa faixa etária. Se mais pessoas se envolvessem na educação infantil falando da sua importância, conseguiríamos conscientizar mais adultos, famílias e responsáveis pela educação”.
Segundo o levantamento do projeto Pipa (Primeira Infância para Adultos Saudáveis), realizado pelo Ministério da Educação e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 10,1% das crianças até 3 anos de idade apresentaram atraso no desenvolvimento esperado, assim como outras 12,8% na faixa entre 3 e 5 anos de idade.
Somando os dois grupos, são 22,9% de crianças com atrasos no período mais crucial de estímulos ao aprendizado. Nos primeiros anos de vida, o cérebro infantil se desenvolve mais rapidamente e é bastante sensível aos cuidados e estímulos ambientais. O estudo foi divulgado no final de outubro, com informações coletadas entre mais de 13 mil crianças que moram em 13 capitais brasileiras.
Ainda de acordo com a pesquisa, o atraso no desenvolvimento infantil é maior entre as famílias com vulnerabilidade social e situação de pobreza. Crianças de famílias beneficiárias do Bolsa Família apresentaram, na média geral, 15% de atraso no desenvolvimento infantil esperado até os 5 anos, frente aos 9% de lares que não participavam de nenhum programa social.
E a situação pode ser ainda mais grave. A pesquisa fala de quase 25% das nossas crianças nas capitais brasileiras, mas imagina o resultado em zonas rurais, onde o acesso à informação é ainda mais restrito. Essas crianças não atingiram o desenvolvimento esperado e estão com atrasos consideráveis. Por isso a importância urgente de políticas públicas e ativas voltadas para a conscientização da educação infantil o quanto antes para a melhor formação dos nossos jovens. Fica essa reflexão para quem sabe em 2024 termos o ínicio de um resultado diferente.
*Fernanda King é pedagoga com pós graduação em Desenvolvimento Infantil, tendo formação especializada em educação infantil em Reggio Emília (Itália) e na Argentina, além de diretora e fundadora da Petit Kids, escola de educação infantil em São Paulo.
Sobre a Petit Kids
Espaço plural, que promove educação com um olhar carinhoso para a primeira infância, fase mais importante da vida das crianças, baseado no acolhimento das famílias, no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, valores humanos, capacidades intelectuais e motoras da criança, respeitando características individuais. Espaço educativo no qual as mães dos bebês podem amamentar, as coordenadoras e professoras conhecem a rotina da criança em cada detalhe. Espaço inovador, com estrutura moderna, pedagogia avançada, aulas bilíngues, de robótica e educação financeira, entre outras. Oferece o equilíbrio necessário entre o afeto necessário na Educação Infantil e a prática progressista do conhecimento. Agrega atividades extracurriculares como o ensino da língua inglesa, capoeira, arte, música, culinária, contação de histórias, atividades psicomotoras, artes marciais, dança, entre outras. Incentiva o respeito às diferenças, o entendimento da neurodiversidade e aspectos que promovem uma educação realmente inclusiva. Tem o excelente custo-benefício, sem taxas extras e com flexibilidade de atendimento.