Evento marcou o âmbito regional que fecha a última edição com o tema: “Luta pela terra”
Deixando um gostinho de quero mais, a 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade chega a sua sexta e última edição no sábado, dia 08 de julho, com o tema, “Luta pela terra”. Com a temática ampla, essa versão terá abordagens a partir de movimentos sociais ou de lideranças do campo, em processos pedagógicos de luta pelo direito à terra, à educação popular e à agroecologia, no âmbito da Socioagrobiodiversidade. Como ocorreu em todas as edições anteriores, o evento acontece das 9h às 18h30, na Usina Cultural Energisa, em Nova Friburgo/RJ, e será aberto ao público. Menores de 16 anos devem estar acompanhados por responsável.
De acordo com o consultor da Mostra, Alessandro Rifan, “esse tema não está associado apenas à luta agrária, é muito mais amplo. Traz experiências humanas diversas, individuais e de grupos, que expressam suas lutas pela terra em vários sentidos. Abordará situações locais pelo direito à terra; luta pela conservação dos recursos naturais, no caso das atividades e programas de conservação ambiental; luta pelo direito ao plantio. Existe uma linha de pensamento socioambientalismo que defende essas populações tradicionais, pois é uma questão de sobrevivência”, explica. “Outra abordagem busca o reconhecimento das ancestralidades negra e indígena por meio de movimentos de valorização da cultura e práticas ancestrais como Jongo, Capoeira, etc.”, finaliza Rifan.
O evento mantém seu formato com atividades a partir das 9h, como a exposição fotográfica com acervos particulares de Fabiano Oliveira, Manoel Espedito, Lauriene Klein, Deise Mello e Alê Rifan, e a Feira Biocultural que trará os seguintes expositores:
– Elisabeth Medeiros (Terra Vermelha: Centro de Referência indígena) – pequenos murais em tecido pintados com tintas de barro;
– Lauriene Klein (Broa da Vovó) – broa de legumes regional e produtos in natura da agricultura familiar;
– Lucia Casoy (Coletivo Ibipuris) – experiências e tecnologias desenvolvidas na Ecovila e produtos in natura da agroecologia;
– Wilkie Mafort (Projeto “Hortas Comunitárias Urbanas”) – verduras, hortaliças, legumes, ervas medicinais e subprodutos da compostagem;
– Greici Lima (Trancista/Dreadmaker) – tranças afros;
– Deise Mello (artista plástica) – pinturas com temáticas da cultura afro em papel e telas;
– Luciano Gomes (Gambá artesão) – instrumentos musicais afros de percussão;
– Fabiano de Oliveira Silva (Projeto “Ao Som de Meu Tambor”) – artesanatos produzidos pelo projeto em ações inclusivas socioculturais;
– Maria Fernanda Macedo (Livraria Genipapo) – livros temáticos;
– João Ademar Silva (Açaí de Juçara Vô Dolores) – polpa e sementes de juçara;
– Caio Delfino (Siri: Recicle de Casa) – coleta seletiva de resíduos para reciclagem;
– Priscilla Mina (Editora Conexão) – livros temáticos da cultura afro;
– Igor Feitoza (I.A.S.A. Consultoria em Gamificação / Projeto “Herança Indígena: Conexões Culturais”) – jogos analógicos lúdicos pautados na valorização da ancestralidade indígena;
– Luiz Carlos Barreto (Armazém Popular da Terra) – produtos orgânicos da agricultura familiar regional e de cooperativas populares Terra Livre MST, Coopan e Coopat;
– Luciane Menezes (Palmeira Juçara, projeto na Flor da Permacultura) – sucos, probióticos, doces, sorvetes e mudas de juçara;
– Ocimar Teixeira (Emater-Rio) – vídeos e fotos do Projeto Banco da Terra/Crédito Fundiário Serra Nova e Serra Velha, e amostras da produção agrícola da Comunidade Fazenda Rio Grande, Conquista, Campo do Coelho;
– Cida Maia Cardoso (Comida de Terreiro e Kombuchas da Serra) – vatapá, caruru, xinxim, etc., e kombuchas;
– Mariane Lopes Silva (Sítio Orgânicos Monte Alto) – produtos orgânicos diversos: farofas artesanais, pastas, compotas, molhos, pães integrais, bolos, entre outros.
Já às 10h, iniciará a Oficina Socioeducativa, que ficará por conta de Luana dos Santos de Oliveira e as Bonecas Abayomi: vínculos ancestrais através da cultura preta. A atividade Roda de Conversa, será a partir das 14h, e terá as participações de Pamela Aparecida Silva (Comunidade Fazenda Rio Grande), que falará sobre “Iniciativa de aquisição de terras por agricultores familiares aliado às políticas públicas”; Paulo César Lourenço (Coletivo Negro Lélia González) conversará sobre as “Experiências de luta antirracista e todas as formas de preconceito; Renata Azevedo Lira, historiadora, que falará sobre “Quilombo na Serra do Mar: a ousadia de lutar pela liberdade”. Essa conversa bastante interessante será mediada por Diogo Coelho Jesus (Mestre Coelho), professor e mestre de capoeira.
A apresentação da Expressão Cultural começará às 17h, e será com Fabiano de Oliveira Silva e grupo – “Jongo – ao som do meu Tambor”. O encerramento da 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade está marcado para 18h30, quando os produtores entregarão as flâmulas aos expositores e fotos da Exposição Fotográfica, que marcaram as seis edições do evento.
A 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade é uma realização de Na rede com Scheila, tem patrocínio da Energisa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e conta ainda com o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, além das parcerias com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – (Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH / Instituto de Psicologia – IP / Diretoria Adjunta de Extensão – DAEXT), com o Programa de Extensão Saberes e Ocupações Tradicionais; com a Reserva Ecológica Rio Bonito de Lumiar- Rebio, e com os projetos Takakurando, Organokits, Reciclotrom e Instituto Araticum.
SERVIÇO
1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade
Tema da 6ª edição: “Luta pela terra”
9h – Abertura
9h às 19h – Feira Biocultural (expositores locais) e Exposição Fotográfica (acervos particulares)
10h às 12h – Oficina Socioeducativa (terraço)
14h às 16h – Roda de Conversa (Salão Nobre)
17h – Expressão Cultural (Teatro)
18h30 – Encerramento da 1ª Mostra da Socioagrobiodiversidade – Entrega das Flâmulas aos Expositores e Fotos da Exposição Fotográfica (Teatro)
Data, hora e local: 08 de julho de 2023 (sábado) / 9h às 19 horas / Local: Usina Cultural Nova Friburgo (entrada pela Rua Dante Laginestra – Centro).
Classificação: Menores de 16 anos acompanhados do (a) responsável.
Entrada franca.
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