Primeira escola de samba da Zona Oeste, a Unidos de Bangu conta as horas para cruzar a Marquês de Sapucaí em busca do título da Série Ouro. E para fazer bonito na Avenida, a vermelha e branca aposta na força de Aganjú, uma qualidade do orixá Xangô, o senhor da justiça.
Para abrir caminho, a agremiação traz a história, cultos e festejos à divindade com o enredo “Aganjú: a visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyó”. Aganjú é o quinto rei de Oyó, reino comandado pelo orixá. Ele é uma qualidade de Xangô jovem, conhecido por ser o sentinela dos vulcões, forte e destemido, conforme explica o carnavalesco Robson Goulart:
– Aganjú é tido como um Xangô jovem e diferente do Xangô que todos nós conhecemos, que já foi enredo outras vezes. É inédito esse tema, pois nunca houve uma escola falando de uma qualidade deste orixá na Sapucaí. Nós vamos trazer os cultos e mitos que cercam ele, começando em Oyó, com os vulcões e o fogo, passando pelas oferendas e chegando no sincretismo com os santos juninos, como São Pedro e São João – afirma Robson.
O carnavalesco conta que a Unidos de Bangu vai abusar do vermelho logo no início do desfile, trazendo toda imponência de Aganjú. Contudo, Robson Goulart revela que o final do desfile terá uma verdadeira explosão de cores com um grande arraiá na Sapucaí.
– A abertura será impactante porque será toda em vermelho, além de ser tudo muito grandioso. A gente vem para mostrar a força de Aganjú através da cor, mostrando o fogo que ele controla, o leão, que é o seu animal etc. Lógico, o bom é que tudo acaba se confundindo com a própria cor da escola e o componente vai se identificar de cara. Depois, passamos para os tons mais terrosos e finalizamos com bastante colorido das festas juninas, trazendo muita alegria e roupas típicas – finaliza o carnavalesco.
A Unidos de Bangu será a terceira escola a desfilar no sábado de carnaval, no dia 18, na Marquês de Sapucaí. A escola da Zona Oeste ficou na sétima colocação em 2022.
Fotos: Emerson Pereira