
Com passagem por diversos restaurantes de renome no Rio de Janeiro, além de ter ocupado cargos de consultoria gastronômica no hotel Cesar Business Botafogo e no complexo hospitalar Amil Medical City – onde teve a oportunidade de formar diversos profissionais de cozinha –, o chef Nicollas Forte sempre teve uma relação muito próxima com a cozinha. Filho de mãe solteira, dela herdou o gosto pela culinária, tendo desde cedo acesso a livros de receitas e cadernos de recortes e sendo responsável por suas próprias refeições quando criança.
Com o bom humor como uma de suas marcas mais notáveis, o chef se autodenomina um workaholic enérgico. Seu estilo de culinária visa as técnicas da alta gastronomia clássica – fazendo uso de toques e temperos brasileiros –, e a baixa cozinha, que marcou sua vida e história. Um exemplo é a sua especialização por uma boa comida de boteco.
“Com o falecimento da minha avó, minha mãe perdeu o prazer pela cozinha e passamos por um período de escassez e até fome. Vi-me forçado a trabalhar cedo, atrasando os estudos por um tempo. A essa altura já havia dominado alguns pratos, os meus favoritos à época”, conta o chef Nicollas, para, depois, assumir que seus amigos mais próximos tiveram um papel preponderante no início de sua carreira: “meus amigos me inspiraram a torna-me cozinheiro profissional. Até então não havia considerado tal possibilidade. Assim, participei de pequenos eventos e obtive um bom retorno financeiro”.
Com o dinheiro, conseguiu custear sua formação – estudava de dia e trabalhava de madrugada. Aos 25 anos, formou-se em técnico em manipulação, preparo e cocção de alimentos pelo SENAC-Riachuelo.
Algumas das experiências profissionais de Nicollas Forte incluem chef de cozinha na Casa Momus, no Botto Bar e no Guilhermina Bar, bem como trabalhos freelas como consultor gastronômico. Desde o ano passado, Nicollas chefia a cozinha da Rio Tap Beer House, no bairro do Flamengo – um bar intimista e aconchegante, com atmosfera industrial e um cardápio pensado de forma a harmonizar os petiscos e pratos principais com as dezenas de rótulos da extensa carta de cervejas artesanais da casa.
“Cozinhar é arte, e arte está alinhada ao espírito. Por isso, ser cozinheiro é exatamente um estado de espírito. Servir é uma vocação, um prazer pessoal. A excelência cobra seu preço, tanto do corpo como da mente, mas a satisfação pelo resultado é diária”, conclui o chef Nicollas Forte.