Alex Ferraz

‘Assim Vivemos’ traz SOM, instalação de videodança, para o CCBB Rio

Sentir a música através da pele. Essa é a proposta do projeto SOM, que integra à programação do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência em sua segunda semana. A partir desta quarta-feira30, a instalação de videodança ocupa a sala 2 de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Rio, tornando-se mais uma opção para o público além dos 38 longas, médias e curtas-metragens de 20 países, dois debates (dias  31 e 1.11) e uma oficina de dança (2.11).

A realização é do Centro Cultural do Banco do Brasil, patrocínio do Banco do Brasil através da lei de incentivo a cultura, com produção da Cinema Falado Produções. A programação completa pode se conferida em www.assimvivemos.com.br. “Ao perceber que os deficientes auditivos possuem um universo próprio, busquei trazer essa percepção para todos”, comenta Clara Kutner, idealizadora de SOM. Ela explica que a proposta é provocar uma alteração nos sentidos de surdos e ouvintes. Enquanto é exibido na tela um vídeo com dançarinos realizando uma coreografia baseada nos movimentos do flamenco, o espectador estará próximo a uma plataforma fixada ao chão e vestindo uma espécie de mochila que traz dispositivos colocados nas costas, mãos e pés.

Durante cinco minutos, a vibração sentida a partir das imagens irá corresponder aos sons de instrumentos como alfaia, baixo, trombone e cajón. A coreografia é executada por Lucas Guilherme e Bruno Ramos, ambos com deficiência auditiva. Para a curadora do festival, Graciella Pozzobon, a importância de convidar o projeto SOM para a programação do Assim Vivemos foi a de oferecer mais uma atividade inclusiva ao público.

Outro momento interativo será a oficina “Sentidos”, no sábado2, às 16h, com o ator e dançarino cadeirante Matheus Trindade, portador de artrogripose múltipla congênita, uma síndrome rara que atinge um em cada 5000 nascimentos. Ao lado de Glória Lila e Amélia Goulart, ele apresenta a performance que quer desvendar os significados de ações e vivências cotidianas através da exploração da capacidade do corpo. Ao final da apresentação o público será convidado a experimentar movimentos de dança na cadeira de rodas.

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