Alex Ferraz

ELIANA PITTMAN ESTREIA MUSICAL NO TEATRO FASHION MALL



Escrito por Paulo Pontes, “Brasileiro, Profissão: Esperança”, um dos mais
importantes espetáculos teatrais escritos e montados no Brasil na década de
70, estreia em maio no Teatro Fashion Mall na voz da cantora Eliana Pittman
e do cantor e ator Tião D`Ávila.

Em um painel romântico, o divertido texto traz frases e causos, em um
retrato do Rio de Janeiro boêmio do final dos anos 50, tendo como
personagens Dolores Duran e Antônio Maria. Eliana Pittman e Tião D`Ávila
apresentam a obra, costurando texto e músicas dos dois autores, e de suas
andanças pelos becos e garrafas da cidade.

– Brasileiro, Profissão: Esperança, fala de esperança, a mais antiga e
permanente profissão do brasileiro , baseia-se em quatro movimentos básicos:
esperança, cansaço, desespero e esperança de novo, faz o retrato de um Rio
de cultura e boemia, e tem a pretensão, não só de reviver fatos e costumes
da época do surgimento de Maria e Duran, como também de trazer ao
conhecimento das novas gerações, a importância, o legado e a influência
deles nos movimentos musicais que se seguiram e, quiçá, até os dias de hoje.
A alma do espetáculo é agrupar músicas, poemas, prosas e pensamentos do
próprio Antônio Maria. A cada movimento, o espectador o perceberá pela sua
vida própria através de sua carga dramatúrgica, explica o diretor Cazé Neto.

O musical fica em cartaz no Teatro Fashion Mall até o dia 31 de maio.
Composto por 20 canções interpretadas pela cantora Eliana Pittman e o cantor
e ator Tião D`Ávilla, o espetáculo exalta sucessos como “A noite do meu
bem”,” Se eu morresse amanhã” “Castigo”,” Rio antigo”,” Ternura antiga”,”
Fim de caso”,” por causa de você”,” solidão”,” Ninguém me ama”, entre
outros.

“Brasileiro, Profissão Esperança” foi originalmente escrito em 1966 por
Paulo Pontes, para a cantora Maysa, um dos mais férteis escritores
brasileiros, autor da série de TV “A Grande Família” e do drama “Gota
d’água”. Em decorrência das inúmeras transformações político-sociais
ocorridas no Brasil ao longo dos anos, a peça teve várias montagens, a
primeira temporada, em 1970, foi interpretada por Maria Bethânia e Ítalo
Rossi, com direção de Bibi Ferreira, e chegou ao seu auge em 73 na
emblemática montagem do Canecão (RJ) com Clara Nunes e Paulo Gracindo).

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