Comemora 10 anos, com feijoada e mega show com portadores de necessidades especiais, além de músicos convidados que apoiam a causa.
Dia 18 de julho, no Fórum de Ciências e Cultura da UFRJ.
Projeto Portadores do Ritmo – é um programa social de inclusão, dirigido às pessoas portadoras de necessidades especiais, sejam elas física, visual, cerebral ou com dificuldades de movimento socioambiental. Comandado por Andre Dias Vieira da Gama, o Andrezão, carioca, de Del Castilho, com 41 anos. O Projeto Portadores do Ritmo, está em sua melhor fase, completa 10 anos.
Exalando afeto quando defende sua “cria”, Andrezão contagia logo de cara “É o trabalho da minha vida. Estão comigo há 10 anos e tudo que fazemos e realizamos, tem o mesmo amor e carinho, nunca vi lealdade maior, são minhas eternas crianças”.
A festa pretende se tornar mensal, a intenção é mostrar a evolução desses 10 anos e apresentar ao púbico esse trabalho. “Além de promover inclusão social através da música, tornando a vida mais saudável pra todos nós, ainda proporcionamos a alegria dos pais e parentes, que vendo sua prole em ação, não tem como não se emocionar e se aproximar deles, o que na verdade é o que eles mais precisam: se sentir fazendo parte! Mostrar que a pessoa portadora tem um olhar e atitudes…”, vibra Andrezão.
Um trabalho árduo, mas compensador, através do projeto, “suas crianças” já se apresentaram na UERJ, BNDS, Cidade da Criança, Rádio Nacional, UFRJ, Arcos da Lapa, Bienal da UNI, MAM, festas corporativas, entre outros espaços. “O projeto nunca foi patrocinado ou beneficiado, todas as pessoas atendidas sempre tiveram todo o material doados por mim, o que torna muito mais compensador ter esse resultado”, atesta Andrezão.
No repertório, clássicos de Pixinguinha, com “Carinhoso”, “Hino Nacional”, de Joaquim Duque-Estrada, “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, “Trem das Onze”, Adoniran Barbosa, passando por “Xodó de Mim”, de Dominquinhos e Gil, “Testamento de Partideiro”, de Candeia, entre outros.
Hoje, o projeto conta a supervisão de Heloísa Dias, mãe e parceira dessa ideologia. A pedagoga conta com ajuda de uns 5 pais e amigos nessa empreitada. Além, claro, do espaço cedido pelo Fórum de Ciências e Cultura da UFRJ, no Flamengo, onde acontecem as aulas semanais e gratuitas, todas as sextas, das 10h às 12h. Envolve um professor e um auxiliar. Já passaram pelo projeto mais de 100 crianças, meninos e meninas com idades entre 7 e 40 anos. E agora mantém 15 portadores de necessidades especiais.