O ponto de partida de Cooperativa, lançado pela editora Campus/Elsevier, é a história dos vendedores autônomos do Parque do Ibirapuera que viviam em situação irregular e se organizaram em forma de sociedade cooperativa. A obra, da jornalista Mônica Dallari, conta a história das 115 pessoas vencedoras que, a partir da criação da Cooperativa dos Vendedores Autônomos do Parque do Ibirapuera (Coopvapi), em 2000, puderam dar uma vida melhor aos seus familiares. Com prefácio de Paul Singer e apresentação de Eduardo Suplicy, o livro ainda traz os aspectos sociais e jurídicos para a formação de uma cooperativa. Dois ganchos legais é que a ONU decretou 2012 como o ano internacional das Cooperativas e recentemente foi aprovada a Lei das Cooperativas, que dá mais direitos aos trabalhadores. Além disso, tem muita história bacana, de vencedores mesmo. Gente que se formou em Direito aos 43 anos e sonha em passar em concurso para Procurador, pais analfabetos que com o dinheiro que ganharam vendendo produtos no parque conseguiram formar os filhos e etc.

Com prefácio de Paul Singer e apresentação do senador Eduardo Suplicy, o livro ainda traz os aspectos sociais e jurídicos para a formação de uma cooperativa, como abri-la, o histórico e a regulação desse tipo de organização no país. Como a ONU (Organização das Nações Unidas) decretou o ano de 2012 como o ano das cooperativas, a obra também ressalta a importância do patrocínio de empresas privadas para o fortalecimento de iniciativas como a da Coopvapi.

A autora narra a história dos personagens, vindos de regiões muito pobres do Brasil, vítimas da baixa escolaridade, das sucessivas recessões dos anos 1980 e 1990 e da inexistência de empregos. Sem alternativas, foram para as ruas vender todo tipo de produto até chegarem ao Parque do Ibirapuera. Perceberam que sem união e organização seria difícil a permanência no local, então decidiram se constituir formalmente. Em 2000, nasceu a Coopvapi.

“Neste livro, o leitor vai encontrar a autobiografia de cada um dos membros da cooperativa, uma mais comovente que a outra. E verificará que a luta épica deles para exercer o seu trabalho no parque ainda não está ganha. A disputa pelo mercado do Ibirapuera não cessa, mas enquanto os vendedores ambulantes, com seus carrinhos, uniformes e crachás puderem se manter unidos em sua cooperativa e gozar da preferência amiga dos frequentadores do parque, ninguém conseguirá expulsá-los. Lá ficarão como prova viva da fibra, inteligência e dedicação à nossa terra”, afirmou a autora.